São Paulo, terça-feira, 15 de setembro de 2009

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VÔLEI

Surpresas europeias


Com nova geração, Polônia leva seu 1º título continental ao bater na final a França, que eliminou a favorita Rússia


CIDA SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

H Á ALGO novo no vôlei. A surpresa vem da Europa e será um dos adversários do Brasil na Copa do Mundo do Japão, em novembro. A Polônia, quem diria, desbancou favoritos como Bulgária, Sérvia, Rússia e ficou com o título europeu. Fez uma final inédita com a também surpreendente França.
Para ter uma noção do tamanho do feito da Polônia, havia 26 anos que o time não disputava uma final do Europeu e foi seu primeiro título continental. Até então, o grande resultado nos últimos tempos tinha sido o vice-campeonato mundial, em 2006. Lembra? Na decisão, foi derrotada pelo Brasil.
No ano passado, a Polônia inovou. Com a saída do técnico Raul Lozano, lançou uma nova maneira de escolher o substituto. Colocou anúncios e selecionou currículos. O escolhido foi o ex-jogador Daniel Castellani, um dos astros da melhor geração da Argentina, medalha de bronze olímpica em Seul.
Em oito meses de trabalho, Castellani mostrou serviço. Na Liga Mundial, o time não foi bem: acabou em 12º lugar. Mas, no Europeu, apresentou outra cara. Foi campeão invicto. Na semifinal, arrasou a Bulgária com uma vitória por 3 sets a 0.
A revelação da Polônia é Bartosz Kurek, 21 anos e 2,05 m. Até o início do ano, ele era oposto.
Castellani o transformou em ponteiro passador, e ele foi bem no torneio continental.
Ok, você pode argumentar que no Europeu de 2007 também deu zebra. A Espanha foi campeã e depois disso não ganhou mais nada. A história pode até se repetir, mas tudo indica que a Polônia terá um futuro melhor. Possui uma nova geração talentosa e com potencial físico.
Já a vice França causou também surpresa. Foi a responsável pela eliminação na semifinal da Rússia, a grande favorita. O jogo foi dramático, decidido no quinto set, com uma virada heroica: a França perdia por 13 a 9 e venceu por 17/15.
A grande decepção foi a Itália. Tricampeã mundial nos anos 90, ficou em décimo lugar. Desde 1975, não terminava em colocação tão ruim no Europeu. A Sérvia, atual vice-campeã da Liga, ficou em quinto lugar.

COPA DO MUNDO
Três seleções já estão classificadas para a Copa do Mundo, a última grande competição do ano: Brasil, Polônia e Japão, sede do torneio. Outros três classificados serão definidos nos campeonatos continentais da Ásia, da África e da América do Norte e Central.

TESTE DO LÍBERO
Na Copa do Mundo do Japão, será testado o novo sistema de líberos. Cada equipe poderá contar com dois líberos, sem limites de substituições entre eles, para permitir que o técnico tenha mais alternativas em cada posição. A seleção brasileira poderá jogar com Escadinha e Mário Júnior.

cidasan@uol.com.br


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