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O PERSONAGEM
Jogador "dribla" bala perdida para chegar ao treino
DA REPORTAGEM LOCAL
SUCURSAL DO RIO
Desempregado, o ala-armador Fábio Isaías, 25, enfrenta
uma saga para treinar no Vila
da Penha. Ele é obrigado a pegar quatro ônibus e atravessar
correndo a pista da insegura
avenida Brasil de noite por temer balas perdidas no local.
""Quando desço lá, quase
sempre escuto tiros vindo do
Chaparral [uma favela próxima]. Fico assustado, mas o que
posso fazer? Já assumi compromisso com o Vila. Agora,
vou até o final", disse Isaías,
que mora na Ilha do Governador (zona norte), distante cerca de 20 km da Vila da Penha.
Com o time treinando quatro
vezes por semana, sempre à
noite, ele usa o horário comercial para ""correr atrás de emprego". ""Aproveito as manhãs
para distribuir meu currículo.
Gosto do basquete, mas tenho
que ver o que é melhor para a
minha vida. Se surgir algum
emprego mais seguro, vou parar de jogar", afirmou Isaías,
que se casou recentemente.
Fora das quadras havia quase
cinco anos, ele não escondeu a
surpresa ao receber o convite
para jogar. ""Respondi: "Vocês
querem ressuscitar um morto".
Agora, vamos ver o que acontece. Seria ótimo viver do esporte", disse Isaías.
(ALF E SR)
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