São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 2008

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Ginástica deixa Laís e Jade de molho

Enquanto atleta do Pinheiros irá se submeter a uma cirurgia no joelho, a do Flamengo vive drama com lesão no pulso

Duas maiores promessas do esporte e principais apostas de Oleg Ostapenko correm risco de ficar fora da decisão da Copa do Mundo, em Madri


CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

As duas atletas mais promissoras da seleção de ginástica artística, Laís Souza e Jade Barbosa, estarão fora de ação pelo menos por um mês, devido a problemas de ordem médica.
Jade, de novo, está impedida de treinar 100% devido à lesão no punho direito, que, após outra consulta médica, deixou a ginasta do Flamengo apreensiva, devido ao risco de cirurgia.
Já Laís não tem outra saída para livrá-la das constantes dores no joelho direito a não ser se submeter à operação. "Será uma artroscopia, para a retirada de pedaços de cartilagem. As dores estão incomodando muito e não dá para treinar 100%", afirmou a atleta do Pinheiros.
Nos dois casos, as dores se tornaram mais intensas antes da Olimpíada, em período em que a seleção treinava forte visando a atuação em Pequim.
Enquanto Jade, conforme a Folha revelou, acusa a Confederação Brasileira de Ginástica e o médico Mário Namba de negligência e erros na medicação, Laís não quis polemizar. "Faltou é tempo para eu poder me recuperar bem, porque tinha que manter um certo nível de treino para a Olimpíada", disse Laís, que convive com as seqüelas de uma fissura no pé direito, fruto de fratura no Mundial-07.
"Só quero ficar bem. Sou feliz hoje", afirmou a atleta, que treina com Daiane dos Santos.
Se Laís passará por cirurgia na semana que vem, em São Paulo, e deve ficar pelo menos 15 dias de molho, Jade desconhece o futuro de sua lesão.
Isso porque, apesar do desinchaço no pulso, sua situação, segundo o médico ortopedista Ricardo Laranjeira, é muito preocupante. "É um caso raro e grave. É uma lesão que pode comprometer a carreira dela."
"Estou chateada de não poder treinar e competir. Vamos esperar", afirmou Jade, 17.
Ela e Laís, 19, foram as grandes apostas do ucraniano Oleg Ostapenko nos sete anos em que treinou a seleção feminina. As duas eram as mais promissoras para substituir a geração de Daiane, 25, Daniele Hypólito, 24, e Camila Comin, 25.
Devido às lesões, as atletas terão comprometida a presença na finalíssima da Copa do Mundo em Madri, em dezembro. "Não penso em torneio hoje. A meta é recuperar a Laís e deixá-la zerada para 2009", disse o técnico Raimundo Blanco.
Outra fora de ação é Daniele, que trata de lesão na virilha.
Com meio time de Pequim lesionado, a CBG informou, via assessoria de imprensa, que a presidente Vicélia Florenzano, a supervisora Eliane Martins e o médico Mário Namba não iriam se pronunciar por estarem, respectivamente, o dia todo em reunião e em congresso.


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