SANTOS
Martelotte tem melhor aproveitamento que seu antecessor

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

Mais preocupado com o resultado do que em dar espetáculo, o técnico interino do Santos, Marcelo Martelotte, recolocou a equipe na disputa pelo título brasileiro. De quebra, atingiu aproveitamento melhor do que o de seu antecessor, Dorival Jr.
Com a vitória sobre o Inter, anteontem, Martelotte chegou a 61% de aproveitamento, acima dos 53% que Dorival Jr. registrou no Nacional.
Para isso, priorizou a segurança e deixou o espetáculo, marca registrada dos santistas na temporada, de lado.
Hoje, a equipe da Vila sofre menos gols do que o time que Dorival Jr. comandou até a 22ª rodada desse Brasileiro.
Após o clássico contra o Corinthians, quando estreou com derrota, o ex-auxiliar montou a equipe como seu antigo chefe gostava: com três jogadores na frente.
Foi assim na goleada sobre o Cruzeiro (4 a 1) -apesar de o time só ter melhorado com a expulsão de Zé Love- e na derrota para o Vasco (3 a 1).
Depois disso, entretanto, o interino efetivou o meio formado pelos volantes Arouca, Danilo e Roberto Brum e mais um meia-armador, Marquinhos ou Alan Patrick.
A precaução deu certo, e o Santos de Martelotte já está invicto há quatro jogos, com três vitórias consecutivas em que a defesa não foi vazada.
A tranquilidade na retaguarda, que nos sete duelos sob seu comando sofreu 1,14 gol em média (contra 1,22 na época de Dorival) ajudou o ataque, que também melhorou com o novo treinador.
Martelotte só perde quando seus números são comparados aos do Paulista e aos da Copa do Brasil desse ano.
Aquela equipe, que contava com Robinho, André, Wesley e Paulo Henrique Ganso, tem aproveitamento de 75%, e a média de 3,2 gols por jogo. Mas a defesa falhava um pouco mais, com 1,35 gol sofrido por confronto.
Para o clássico diante do São Paulo, domingo, o técnico terá o reforço de Madson e Keirrison, recuperados de lesão. O lateral Léo, com dores no pescoço, será poupado.


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