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MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas
Uma teoria
EM CINGAPURA, há três semanas, Vettel foi o segundo.
Webber ficou em terceiro.
Em Suzuka, Vettel venceu, seguido do australiano.
Na classificação do Mundial, faltando três etapas,
Webber lidera: 220 pontos
contra 206 de Alonso e de
Vettel. Batalha apertada,
campeonato escancarado.
Graças à Red Bull.
Tivesse feito o que grande
maioria das equipes faria
-a inversão de posições
nesses dois GPs-, a equipe
teria hoje um piloto disparado na ponta, com 230 pontos, 24 a mais que Alonso.
Vettel? O alemão estaria
com 196 pontos, ali no bolo
com Hamilton e Button.
O Mundial seria hoje uma
disputa a dois. E, mantendo
sua regularidade na temporada e com apenas Yeongam, Interlagos e Abu Dhabi pela frente, Webber já estaria com uma mão na taça.
Então por que a Red Bull
não deu a ordem -o que, diga-se, seria compreensível
nesta altura da temporada?
Três opções.
A) É movida por valores
éticos, morais e esportivos e
não se incomoda de, em nome da dignidade, arriscar
um campeonato no qual investiu 230 milhões, aproximadamente R$ 534 milhões.
B) Está esperando o cenário ficar mais claro, levando a situação ao limite.
Mas, se a coisa continuar
assim, a ordem virá logo.
C) Quer que o campeão
seja Vettel, o menino de ouro, o garoto em que tanto investiu, alguém perfeito para
representar o espírito juvenil da marca mundo afora.
O colunista vai com a C.
Há sete meses, o australiano era apenas um coadjuvante. Mesmo líder, não
caiu nas graças da equipe.
E a Red Bull ainda tem o
melhor carro. Se Vettel vencer as próximas duas, com
Webber em segundo, o
Mundial chegará empatado
aos Emirados Árabes. Cada
um terá 256 pontos.
Muita conspiração?
A ver.
F-1
ENTRA E SAI
O problema não é a Rússia
entrar no calendário. Ou a Índia. Ou os EUA, com um autódromo que será construído
em Austin. O busílis é que alguém precisa sair para eles
entrarem, e dificilmente serão circuitos recém-chegados ao Mundial. Enquanto
Ecclestone mandar no negócio, Interlagos está seguro.
Mas o mesmo não se diz de
Spa. Ou de Montréal. Ou de
Silverstone. E a saída de pistas como essas seria um crime contra o esporte a motor.
MOTOGP
SOBE E DESCE
Lorenzo, 23, sagrou-se campeão no domingo, em Sepang. Venceu por não ter se
quebrado ao longo da temporada, o que é um mérito indiscutível no seu esporte. Mas,
como que para mostrar ao rapaz que está vivo, Rossi deu
show de pilotagem. Largou
em sexto, caiu para 11º, venceu. Em 2011, o italiano estará na italiana Ducati. Para recuperá-la, como fez com a
Yamaha. Algo me diz que será um belíssimo campeonato. E que sairá faísca. Muita.
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