São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Uma teoria

EM CINGAPURA, há três semanas, Vettel foi o segundo. Webber ficou em terceiro.
Em Suzuka, Vettel venceu, seguido do australiano.
Na classificação do Mundial, faltando três etapas, Webber lidera: 220 pontos contra 206 de Alonso e de Vettel. Batalha apertada, campeonato escancarado.
Graças à Red Bull.
Tivesse feito o que grande maioria das equipes faria -a inversão de posições nesses dois GPs-, a equipe teria hoje um piloto disparado na ponta, com 230 pontos, 24 a mais que Alonso.
Vettel? O alemão estaria com 196 pontos, ali no bolo com Hamilton e Button.
O Mundial seria hoje uma disputa a dois. E, mantendo sua regularidade na temporada e com apenas Yeongam, Interlagos e Abu Dhabi pela frente, Webber já estaria com uma mão na taça.
Então por que a Red Bull não deu a ordem -o que, diga-se, seria compreensível nesta altura da temporada?
Três opções.
A) É movida por valores éticos, morais e esportivos e não se incomoda de, em nome da dignidade, arriscar um campeonato no qual investiu 230 milhões, aproximadamente R$ 534 milhões.
B) Está esperando o cenário ficar mais claro, levando a situação ao limite. Mas, se a coisa continuar assim, a ordem virá logo.
C) Quer que o campeão seja Vettel, o menino de ouro, o garoto em que tanto investiu, alguém perfeito para representar o espírito juvenil da marca mundo afora.
O colunista vai com a C.
Há sete meses, o australiano era apenas um coadjuvante. Mesmo líder, não caiu nas graças da equipe.
E a Red Bull ainda tem o melhor carro. Se Vettel vencer as próximas duas, com Webber em segundo, o Mundial chegará empatado aos Emirados Árabes. Cada um terá 256 pontos.
Muita conspiração?
A ver.

F-1
ENTRA E SAI

O problema não é a Rússia entrar no calendário. Ou a Índia. Ou os EUA, com um autódromo que será construído em Austin. O busílis é que alguém precisa sair para eles entrarem, e dificilmente serão circuitos recém-chegados ao Mundial. Enquanto Ecclestone mandar no negócio, Interlagos está seguro. Mas o mesmo não se diz de Spa. Ou de Montréal. Ou de Silverstone. E a saída de pistas como essas seria um crime contra o esporte a motor.

MOTOGP
SOBE E DESCE

Lorenzo, 23, sagrou-se campeão no domingo, em Sepang. Venceu por não ter se quebrado ao longo da temporada, o que é um mérito indiscutível no seu esporte. Mas, como que para mostrar ao rapaz que está vivo, Rossi deu show de pilotagem. Largou em sexto, caiu para 11º, venceu. Em 2011, o italiano estará na italiana Ducati. Para recuperá-la, como fez com a Yamaha. Algo me diz que será um belíssimo campeonato. E que sairá faísca. Muita.


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