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NATAÇÃO
Rio recebe hoje etapa com estrelas internacionais
Copa do Mundo vira vitrine para Brasil tentar manter patrocínio
GUILHERME ROSEGUINI
DA REPORTAGEM LOCAL
Encarar medalhistas olímpicos,
campeões e recordistas mundiais
como adversários. Observar os
efeitos de uma preparação especial, feita com orientação de um
especialista estrangeiro. Amealhar os prêmios em dinheiro oferecidos aos melhores nadadores.
Além de grandes desafios na
piscina, a etapa brasileira da Copa
do Mundo, que será realizada de
hoje a domingo no Centro Esportivo Miécimo da Silva, no Rio, reserva uma importante missão nos
bastidores para os atletas locais.
Às vésperas do início do novo
governo, a delegação terá que
provar a qualidade da natação
brasileira para conseguir perpetuar a parceria com os Correios,
que perdura desde 1991.
É assim que Coaracy Nunes Filho, presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos
Aquáticos), encara o torneio.
"É inevitável pensar em política
em uma competição destas. Vários estrangeiros de excelente nível técnico estarão presentes. Vamos ter uma ótima vitrine para
provar nossas virtudes e mostrar
que o patrocínio precisa ser renovado em 2003", declarou Nunes.
O contrato com os Correios, um
dos mais longevos do esporte
amador local, rende R$ 4,5 milhões mensais à entidade. Como a
empresa é ligada ao governo federal, Nunes teme que a nova gestão
não prossiga com o incentivo.
"Mas eles vão perceber que fazemos um grande trabalho", diz.
Para cumprir a tarefa, os nadadores brasileiros ganharam um
importante reforço. Eles foram
acompanhados durante a semana
pelo estoniano Rein Haljand, um
dos principais especialistas em
biomecânica do planeta.
Mesmo assim, o desafio do time
capitaneado por Gustavo Borges,
dono de 28 medalhas em eventos
da Copa do Mundo, é espinhoso.
Cinco medalhistas olímpicos,
com destaque para o holandês
Pieter van den Hoogenband, recordista mundial dos 100 m livre,
são algumas estrelas internacionais que estarão no torneio, disputado em piscina curta (25 m).
Estrelas que, aliás, aparecem raramente no Brasil. Desde que começou a receber eventos da Copa,
em 1998, o Brasil realizava sempre
etapas desprestigiadas. No circuito 2002/2003, o número de fases
foi reduzido de nove para sete, o
que aumentou a audiência dos
principais astros da modalidade.
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