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"Me senti um menino", diz Schumacher
Pelo segundo dia seguido, alemão aposentado crava melhor o tempo nos testes da F-1 em Barcelona
DA REPORTAGEM LOCAL
"É inverno, e as baixas temperaturas ajudam o carro a andar mais rápido. Além disso, estamos no fim do ano, e muitos
aspectos do carro evoluíram."
Foi assim que Michael Schumacher tentou explicar, ontem,
seu excelente desempenho
com a Ferrari nos testes coletivos da F-1 em Barcelona.
Pelo segundo dia consecutivo, o alemão, que se aposentou
no final do ano passado com sete títulos mundiais no currículo, fez o melhor tempo do dia.
Schumacher teve ao seu lado
Felipe Massa e outros 12 pilotos titulares na temporada que
acabou no mês passado, em Interlagos. Cravou 1min21s486,
0s558 à frente do brasileiro,
com um carro semelhante.
Para servir de comparação, o
tempo do alemão foi bem próximo do que rendeu a Massa a
pole position no GP da Espanha, em março -na ocasião, o
ferrarista fez 1min21s421.
O recorde da pista, cujo traçado ganhou uma nova chicane
neste ano, é de David Coulthard, com 1min21s066.
O bom desempenho nos dois
dias de ensaios em Montmeló
surpreendeu até Schumacher.
"Não imaginava que fosse ser
tão rápido novamente", disse
ele. "Demorou um tempo, talvez umas duas voltas, mas, depois, já estava no ritmo."
"Obviamente que ficar tanto
tempo longe das pistas trouxe
uma série de dúvidas para mim.
E claro que, agora, é bom ver
que ainda sou capaz de fazer isso", afirmou o heptacampeão.
Mesmo com 16 anos de experiência de F-1 na bagagem, o
alemão disse ter se sentido como um novato antes de seu breve retorno. "Estava um pouco
nervoso. Eu me senti como um
menino, como se tivesse 18
anos... Estar na pista ainda é
muito bom", afirmou o alemão,
que foi convidado a testar com
a Ferrari para ajudar no desenvolvimento do modelo da escuderia para 2008, que não poderá ter controle de tração.
Sobre o fim do auxílio eletrônico, Schumacher declarou que
ontem o carro estava mais difícil que da última vez que o havia conduzido sem o controle
de tração. "É pior, porque agora
temos motores diferentes para
comparar. Antes, era o de dez
cilindros, aí você podia mudar e
brincar com as marchas, o que
agora não pode mais."
Apesar do bom resultado,
Schumacher voltou a negar um
possível retorno à categoria no
ano que vem. "Não sinto falta
da F-1 porque não me afastei,
continuei envolvido", falou o
alemão, que trabalhou como
uma espécie de consultor da
Ferrari nesta temporada. "Senti um pouco de falta de guiar e é
por isso que estou aqui hoje
[ontem]. Eu me diverti muito."
A brincadeira do alemão, pelo menos por ora, terminou ontem. Hoje, no último dia de
treinamentos na pista de Barcelona, assumem o volante do
F2007 Massa e Luca Badoer,
piloto de testes da Ferrari.
Com agências internacionais
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