São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

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FUTEBOL

Seleção decide se concentrar em Frankfurt, no meio da Alemanha, onde não joga na primeira fase da Copa-2006

CBF muda tática e fica em centro nervoso

DA REPORTAGEM LOCAL
E DA SUCURSAL DO RIO


Para a Copa da Alemanha, a seleção brasileira mudou de estratégia ao escolher sua concentração: preferiu o centro nervoso do país a um pólo próximo de uma das suas sedes na primeira fase.
A CBF anunciou que ficará em um hotel ao lado de Frankfurt, no distrito de Konigstein, na região montanhosa de Falkenstein.
O time brasileiro não disputará jogos na cidade na primeira fase. Mas a confederação optou pelo Hotel Kempinski Falkenstein, a 30 minutos de Frankfurt, pela facilidade de deslocamento.
A delegação brasileira ficará no local de 4 de junho até o dia 13, quando fará sua estréia no Mundial. De 22 de maio até 3 de junho, estará em Weggis, na Suíça.
"Acho que preferiram o hotel porque a cidade é o centro do país", explica a assessora de imprensa do Kempinski Falkenstein, Gaby Wehle, que disse que outros três hotéis concorriam para receber a seleção do técnico Carlos Alberto Parreira. O site da Fifa informou que havia 30 ofertas para abrigar o Brasil.
Segundo a assessoria da CBF, o técnico Carlos Alberto Parreira e o coordenador Zagallo que escolheram o hotel de Frankfurt.
É uma mudança em relação às Copas anteriores da gestão do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Em 1990, na Itália, a seleção ficou em Asti, nas cercanias de Turim, onde jogou suas partidas.
Quatro anos depois, na conquista do tetracampeonato nos EUA, o time ficou em Los Gatos, nos arredores de San Francisco, onde atuou duas vezes na primeira fase. O mesmo ocorreu na França, em 98. A seleção ficou em Lésigny, próximo a Saint Dennis, onde também disputou jogos. Na última Copa, no Japão e na Coréia do Sul, a CBF optou por Ulsan, onde estreou diante da Turquia.
Desta vez, o Brasil terá de viajar 542,7 km de Frankfurt até Berlim, onde pegará a Croácia. Depois, deve retornar ao hotel e se deslocar 392,9 km para jogar em Munique, com a Austrália. Por fim, irá encarar mais 219,1 km até Dortmund, onde duelará com o Japão. Depois, não voltará ao hotel.
A mudança de tática da CBF pode ser percebida porque outra candidata a receber a equipe era Colônia. A cidade é próxima a Frankfurt, tanto que está a uma distância de no máximo 577 km das sedes das partidas brasileiras.
Apesar de estar perto do centro financeiro alemão, o Hotel Kempinski permite tranqüilidade e certo isolamento, pois ficará fechado para outros hóspedes. E os deslocamentos dos jogadores pelos casarões será feito por túneis.
Pessoas de fora da delegação só poderão circular por uma área restrita, situação diferente da que aconteceu em 2002. Naquele Mundial, só os andares dos quartos dos jogadores eram fechados.
Mas o assessor da CBF Rodrigo Paiva afirmou que os jogadores não ficarão presos e terão a chance de interagir com o público.
O hotel tem 105 quartos, com categoria de cinco estrelas. Em volta, há bosques para passeios, piscinas e outras comodidades de primeira categoria. Em breve, a CBF vai mandar lista com os pedidos de adaptações do local.
O Hotel Kempinski já tem 1.200 m de área com aparelhos de ginástica. A seleção treinará em um campo a cinco minutos a pé do hotel, pertencente ao Konigstein, time da quinta divisão alemã.
O hotel disse não pagou para receber a seleção, mas não informou o teor do acerto com a CBF, que informou que parte das despesas será custeada pela Fifa.


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