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FUTEBOL
Seleção decide se concentrar em Frankfurt, no meio da Alemanha, onde não joga na primeira fase da Copa-2006
CBF muda tática e fica em centro nervoso
DA REPORTAGEM LOCAL
E DA SUCURSAL DO RIO
Para a Copa da Alemanha, a seleção brasileira mudou de estratégia ao escolher sua concentração:
preferiu o centro nervoso do país
a um pólo próximo de uma das
suas sedes na primeira fase.
A CBF anunciou que ficará em
um hotel ao lado de Frankfurt, no
distrito de Konigstein, na região
montanhosa de Falkenstein.
O time brasileiro não disputará
jogos na cidade na primeira fase.
Mas a confederação optou pelo
Hotel Kempinski Falkenstein, a
30 minutos de Frankfurt, pela facilidade de deslocamento.
A delegação brasileira ficará no
local de 4 de junho até o dia 13,
quando fará sua estréia no Mundial. De 22 de maio até 3 de junho,
estará em Weggis, na Suíça.
"Acho que preferiram o hotel
porque a cidade é o centro do
país", explica a assessora de imprensa do Kempinski Falkenstein, Gaby Wehle, que disse que
outros três hotéis concorriam para receber a seleção do técnico
Carlos Alberto Parreira. O site da
Fifa informou que havia 30 ofertas para abrigar o Brasil.
Segundo a assessoria da CBF, o
técnico Carlos Alberto Parreira e
o coordenador Zagallo que escolheram o hotel de Frankfurt.
É uma mudança em relação às
Copas anteriores da gestão do
presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Em 1990, na Itália, a seleção
ficou em Asti, nas cercanias de
Turim, onde jogou suas partidas.
Quatro anos depois, na conquista do tetracampeonato nos
EUA, o time ficou em Los Gatos,
nos arredores de San Francisco,
onde atuou duas vezes na primeira fase. O mesmo ocorreu na
França, em 98. A seleção ficou em
Lésigny, próximo a Saint Dennis,
onde também disputou jogos. Na
última Copa, no Japão e na Coréia
do Sul, a CBF optou por Ulsan,
onde estreou diante da Turquia.
Desta vez, o Brasil terá de viajar
542,7 km de Frankfurt até Berlim,
onde pegará a Croácia. Depois,
deve retornar ao hotel e se deslocar 392,9 km para jogar em Munique, com a Austrália. Por fim, irá
encarar mais 219,1 km até Dortmund, onde duelará com o Japão.
Depois, não voltará ao hotel.
A mudança de tática da CBF pode ser percebida porque outra
candidata a receber a equipe era
Colônia. A cidade é próxima a
Frankfurt, tanto que está a uma
distância de no máximo 577 km
das sedes das partidas brasileiras.
Apesar de estar perto do centro
financeiro alemão, o Hotel Kempinski permite tranqüilidade e
certo isolamento, pois ficará fechado para outros hóspedes. E os
deslocamentos dos jogadores pelos casarões será feito por túneis.
Pessoas de fora da delegação só
poderão circular por uma área
restrita, situação diferente da que
aconteceu em 2002. Naquele
Mundial, só os andares dos quartos dos jogadores eram fechados.
Mas o assessor da CBF Rodrigo
Paiva afirmou que os jogadores
não ficarão presos e terão a chance de interagir com o público.
O hotel tem 105 quartos, com
categoria de cinco estrelas. Em
volta, há bosques para passeios,
piscinas e outras comodidades de
primeira categoria. Em breve, a
CBF vai mandar lista com os pedidos de adaptações do local.
O Hotel Kempinski já tem 1.200
m de área com aparelhos de ginástica. A seleção treinará em um
campo a cinco minutos a pé do
hotel, pertencente ao Konigstein,
time da quinta divisão alemã.
O hotel disse não pagou para receber a seleção, mas não informou o teor do acerto com a CBF,
que informou que parte das despesas será custeada pela Fifa.
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