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Nos EUA, escândalo sexual derruba carreira esportiva
DA REPORTAGEM LOCAL
Escândalos sexuais, como o
que abate agora o golfista Tiger
Woods, costumam ser cruéis
para esportistas americanos.
Carreiras foram abreviadas,
contratos publicitários foram
perdidos e vidas privadas invadidas nos últimos anos.
Antes de Woods, o atleta
mais notório envolvido em um
escândalo desse tipo era Kobe
Bryant, o astro do Los Angeles
Lakers, um dos times mais populares do basquete da NBA.
Em 2003, o armador foi acusado de estupro por uma jovem
de 19 anos -meses depois acabou absolvido. Mas ele admitiu
que havia feito sexo consensual
com a moça. Como já era casado, a imagem de Kobe ficou arranhada para os padrões da publicidade americana, e ele perdeu contratos que tinha com o
McDonald's e com a Nutella.
Outro astro do basquete que
perdeu dinheiro por causa de
infidelidade foi Magic Johnson.
Quando ele anunciou que tinha
o vírus HIV, em 1991, viu seus
patrocínios minguarem -depois disso, conseguiu um novo
apenas em 2003.
Segundo publicitários americanos, o que afetou a imagem
do atleta não foi a Aids, mas o
fato de ter admitido que contraiu o vírus em frequentes relações extraconjugais.
O futebol americano, o mais
popular esporte dos EUA, está
repleto de escândalos sexuais
que mexeram nas carreiras e na
conta bancária de seus atletas.
Em 2000, Mark Chmura, do
Green Bay Packers, foi acusado
de envolvimento com a babá de
seus filhos, que tinha na época
17 anos. Acabou absolvido nos
tribunais, mas teve seu contrato rescindido pela equipe meses depois do caso.
Por frequentar um clube de
"strip" em Atlanta, acusado pelo governo americano de fraude, lavagem de dinheiro e prostituição, o running back Terrell
Davis, que era então um dos
destaques do Denver Broncos,
um dos grandes da NFL, viu sua
carreira ser abalada.
Logo depois do incidente, ele
perdeu o patrocínio pessoal das
sopas Campbell"s.
"Love boat"
Em 2005, foi a vez de quase
um time inteiro de futebol
americano ser massacrado pelo
comportamento sexual "inadequado". Nada menos do que 17
jogadores do Minnesota Vikings, incluindo suas maiores
estrelas, ganharam as manchetes por promoverem uma orgia
em um iate. Quatro deles acabaram processados.
Mesmo sem maiores implicações financeiras, escândalos
amorosos foram expostos na
mídia de forma acintosa.
Depois de um affair com a
cantora Madonna, o astro do
beisebol Alex Rodrigues, do
New York Yankees, viu sua mulher pedir o divórcio e boa parte
da sua fortuna, com ampla cobertura dos tabloides.
Um caso no golfe feminino
também virou famoso.
Em 2005, Jackie Gallagher-Smith acabou acusada por seu
caddie (o responsável por manusear os tacos dos golfistas) de
sedução.
Segundo o caddie, Jackie o
usou como um "doador de esperma", já que só tinha interesse nele para engravidar. Seu
marido era infértil.
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