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Verón joga pela história e também por um "pesadelo"
Líder do Estudiantes, que pega hoje o Pohang no Mundial, alimenta o sonho de decidir contra o Barcelona de Messi
Pai do craque argentino fez o gol do título do clube em 1968 e inspira o filho na luta para ganhar o mundo mais uma vez ante um gigante
DA REPORTAGEM LOCAL
"É a partida mais importante
dos últimos seis meses para
nós", falou Verón, capitão do
Estudiantes, sobre o duelo de
hoje contra o coreano Pohang
Steelers na semifinal do Mundial de Clubes, em Abu Dhabi.
A vitória leva o time argentino à decisão do torneio, um sonhado embate com o Barcelona. "Esse jogo [contra o campeão europeu] não seria um sonho, seria um pesadelo", falou
Verón ainda antes de embarcar
para os Emirados Árabes Unidos, novo palco da competição.
O nome Verón está associado
ao que de melhor fez o Estudiantes na história. O Verón
pai, a "Bruxa", ganhou três Libertadores pelo clube e um
Mundial, no antigo formato,
contra o Manchester United
-foi em 1968, em partidas jogadas em dois continentes, nenhuma delas na Ásia.
O gol do título na década de
60 foi de Verón. Ele anotou no 1
a 1 no estádio Old Trafford na
partida de volta -na ida, o Estudiantes, que fez fama de cruel
mandante, ganhou de 1 a 0 da
equipe de Bobby Charlton.
"Esperamos bastante por isso. Desde que acabou a Libertadores. Chegou o dia que esperávamos todos. É o que eu sonhei
para mim. É um sonho poder
representar um clube em uma
competição tão importante. É
um dia que não vai ser só uma
mais na minha vida esportiva",
diz o Verón filho, a "Bruxinha".
Eleito o melhor jogador da
Libertadores deste ano, quando recolocou o outrora decadente Estudiantes no mapa-múndi da bola, Verón confia no
estilo de jogo de seu time, que
surpreendeu com uma virada
no Mineirão o Cruzeiro na final
continental deste ano (2 a 1).
"Tratamos de manter o estilo, seja contra qual adversário
for. Mantemos uma constância
de jogo, jogamos com o mesmo
respeito", falou ele, que ajudou
no fim das eliminatórias a classificar a Argentina para a Copa.
Quem dá esse estilo e essa
constância ao Estudiantes é
Verón, que prevê um "jogo
muito duro e físico" contra o
Pohang Steelers na estreia da
equipe argentina -o adversário já passou com um 2 a 1 pelo
TP Mazembe, o representante
africano no Mundial deste ano.
Indagado se a pressão de ser
favorito poderia complicar as
coisas para o Estudiantes, que
defende o tabu sul-americano
na disputa -nunca um time do
continente ficou de fora da decisão-, ele inverteu a situação.
"Praticamos um dos melhores esportes e fazemos isso
num lugar como esse. Creio
que é um privilégio", falou ele,
que disse que pressão quem deve sentir são os pedreiros que
acordam cedo e que não sabem
bem como será o final do mês.
"Tenho a cabeça de 34 [anos]
e a força dos 20. Me sinto assim,
com as mesmas ganas. Disputo
algo tão importante com o clube em que me formei e no qual
sigo o meu pai. Este é o momento. Eu o desfruto muito. É
como se tivesse 20 anos", falou
Verón, que classifica o Barcelona, favorito ao título, como o
melhor time do planeta hoje.
"Para mim é o melhor. Faz
bem tudo, realmente. Dá gosto
de vê-lo jogar. Sobre Messi,
chegou neste ano a um nível
impressionante", falou ele sobre o possível rival da decisão.
NA TV - Pohang x Estudiantes
Bandeirantes, ESPN Brasil e
Sportv, ao vivo, às 14h
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