São Paulo, Domingo, 16 de Janeiro de 2000


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Invasão de corintianos é perdoada

do enviado ao Rio

A invasão de campo por torcedores corintianos ao final da decisão de anteontem no Maracanã foi perdoada pela Fifa.
Assim que acabou a partida, Joseph Blatter, entrevistado por uma emissora de TV inglesa, afirmou que a invasão foi pacífica e não seria levada em consideração na avaliação das chances da candidatura brasileira para abrigar a Copa de 2006. "Faz parte da cultura do brasileiro, e o que vimos foi uma comemoração festiva. Não vejo problemas", explicou.
Mas o dirigente não mostrou a mesma ênfase em relação às atitudes de Eurico Miranda, o homem forte do Vasco.
Indagado sobre o que achara de o vice-presidente de futebol do clube carioca ter entrado em campo na final sem o crachá da competição, afirmou que até o presidente da Fifa tem que usar a credencial. "Vamos esperar o relatório (do árbitro) para ver o que realmente aconteceu."
Blatter lamentou também a confusão na venda de ingressos no Rio, que a Fifa atribuiu à direção do Vasco.
Segundo o comitê organizador do Mundial, o clube carioca pediu que todos os ingressos colocados à venda no Rio fossem enviados a São Januário.
Com apenas um ponto de venda, torcedores tiveram de esperar mais de nove horas para conseguir uma entrada. Para acalmar os ânimos, a polícia foi obrigada a intervir, usando bombas de gás lacrimogêneo.
O problema na distribuição foi tão sério, de acordo com a Fifa, que o Maracanã não estava com todos os lugares ocupados na decisão. Segundo os organizadores, havia cerca de 63 mil torcedores no estádio, sendo que 70 mil bilhetes foram comercializados.
Além dos problemas com os ingressos e a falta de crachá, o dirigente vascaíno foi criticado pela Fifa por ter forçado a entrada de seu filho, sem autorização da entidade, no vestiário do Vasco no Maracanã após o jogo contra o Necaxa.
O Comitê Disciplinar da Fifa iria se pronunciar ontem sobre o assunto. Miranda, no entanto, dizia não temer uma punição. Afinal, a pior punição -a gozação dos flamenguistas, que cercaram o hotel do Vasco para caçoar da derrota- já acontecera. (JCA)


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