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Invasão de
corintianos
é perdoada
do enviado ao Rio
A invasão de campo por torcedores corintianos ao final da
decisão de anteontem no Maracanã foi perdoada pela Fifa.
Assim que acabou a partida,
Joseph Blatter, entrevistado
por uma emissora de TV inglesa, afirmou que a invasão foi
pacífica e não seria levada em
consideração na avaliação das
chances da candidatura brasileira para abrigar a Copa de
2006. "Faz parte da cultura do
brasileiro, e o que vimos foi
uma comemoração festiva.
Não vejo problemas", explicou.
Mas o dirigente não mostrou
a mesma ênfase em relação às
atitudes de Eurico Miranda, o
homem forte do Vasco.
Indagado sobre o que achara
de o vice-presidente de futebol
do clube carioca ter entrado em
campo na final sem o crachá da
competição, afirmou que até o
presidente da Fifa tem que usar
a credencial. "Vamos esperar o
relatório (do árbitro) para ver o
que realmente aconteceu."
Blatter lamentou também a
confusão na venda de ingressos
no Rio, que a Fifa atribuiu à direção do Vasco.
Segundo o comitê organizador do Mundial, o clube carioca pediu que todos os ingressos
colocados à venda no Rio fossem enviados a São Januário.
Com apenas um ponto de
venda, torcedores tiveram de
esperar mais de nove horas para conseguir uma entrada. Para
acalmar os ânimos, a polícia foi
obrigada a intervir, usando
bombas de gás lacrimogêneo.
O problema na distribuição
foi tão sério, de acordo com a
Fifa, que o Maracanã não estava com todos os lugares ocupados na decisão. Segundo os organizadores, havia cerca de 63
mil torcedores no estádio, sendo que 70 mil bilhetes foram
comercializados.
Além dos problemas com os
ingressos e a falta de crachá, o
dirigente vascaíno foi criticado
pela Fifa por ter forçado a entrada de seu filho, sem autorização da entidade, no vestiário
do Vasco no Maracanã após o
jogo contra o Necaxa.
O Comitê Disciplinar da Fifa
iria se pronunciar ontem sobre
o assunto. Miranda, no entanto, dizia não temer uma punição. Afinal, a pior punição -a
gozação dos flamenguistas,
que cercaram o hotel do Vasco
para caçoar da derrota- já
acontecera.
(JCA)
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