São Paulo, sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

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Kaká vê exagero no otimismo do City em tirá-lo do Milan

Técnico do clube inglês, Mark Hughes, revela estar confiante no negócio, enquanto seu auxiliar vê o acordo "muito perto'

Jogador fala que não sai só por dinheiro, mas declara que vai ouvir a proposta dos ingleses se reunião for agendada pelo time italiano

DA REPORTAGEM LOCAL

O Manchester City diz estar "muito próximo" de contratar Kaká, mas o jogador do Milan não se mostra entusiasmado em trocar de clube.
Ontem, enquanto o técnico e manager do time inglês, Mark Hughes, dizia estar "confiante" no acerto, o atleta, por meio de sua assessoria de imprensa, ao saber das declarações de seu pretendente, afirmava que ele está "exagerando".
O auxiliar de Hughes, Mark Bowen, foi além. "Nós acreditamos que o acerto está muito próximo", falou à rádio BBC.
"Nós estamos vendendo os planos futuros do clube para o jogador. Entendemos que é muito forte a possibilidade de termos o Kaká no Manchester City", declarou Bowen.
Hughes afirmou que a comitiva que viajou a Milão no início da semana teve êxito ao fazer a oferta ao Milan. O time inglês ofereceu 110 milhões (cerca de R$ 338 milhões), a maior oferta já feita por um clube a um jogador na história.
A proposta balançou o Milan, que pela primeira vez autorizou sua principal estrela a negociar com outro time.
"Nós vamos apresentar um projeto para tentar convencer o Kaká a jogar aqui", disse Hughes. O projeto do Manchester City é se tornar uma das quatro forças da Inglaterra e assegurar vaga na Copa dos Campeões da Europa, principal campeonato interclubes do mundo.
Até agora, porém, não há nenhuma reunião agendada entre os ingleses e o pai de Kaká, que também é procurador dele.
No entanto o atleta diz que ouvirá a proposta do City. Um dos itens prevê pagamento somente em salários de 15 milhões anuais, ou cerca de R$ 44,5 milhões por ano.
Atualmente Kaká recebe do Milan cerca de 8 milhões anuais (R$ 24, 6 milhões).
"Não sairia por dinheiro", disse o jogador à TV do Milan.
As palavras de Kaká agora, de que pretende "envelhecer" no clube italiano, contrastam com o desejo do jogador alguns meses atrás, quando o atleta balançou com ofertas milionárias de Real Madrid e Chelsea.
À época, porém, os italianos recusaram negociar o atleta, que tem contrato com o rubro-negro até o final de 2012.
O fato de o City ser um clube de pouca expressão é, sem dúvida, o principal entrave para que Kaká aceite ir para a Inglaterra. O brasileiro tem receio de que uma "aventura" dessas possa causar um retrocesso em sua carreira e prejudicar sua relação com seus atuais patrocinadores. O jogador admite deixar o Milan por uma proposta semelhante, mas desde que seja para um clube de primeiro nível do futebol.
Ontem, o site www.arabianbusiness.com, baseado em Abu Dhabi, onde vive o dono do Manchester City, o xeque Sulaiman Al Fahim, disse que ele retirou a oferta por Kaká após a declaração do atleta de que ele continuaria no Milan.
Diante disso, a reportagem afirma que Al Fahim já está em busca de outro atleta. Foi este site quem revelou a compra do Manchester City pelo Abu Dhabi United Group no ano passado. (EDUARDO ARRUDA)


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