São Paulo, sábado, 16 de fevereiro de 2008

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Andres diz que só resta um projeto para arena

Presidente corintiano, agora, quer apoio de conselheiros

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, afirmou que há apenas uma proposta, do consórcio formado pelas empresas Seebla/Egesa, para a construção do estádio do clube.
A declaração do cartola ocorreu após "incêndio" criado pelo conselheiro Edgar Ortiz, representante de outra proposta. No final da manhã, ele distribuiu comunicado à imprensa alegando que havia feito acordo para unificar os dois projetos.
Representantes do consórcio favorito para construir a arena logo telefonaram a Andres, reclamando da postura de Ortiz.
Pouco depois, o presidente corintiano foi a público negar o acordo. "O conselheiro que veio aqui simplesmente retirou o projeto. Ele disse que houve pacto entre as empresas, mas não houve pacto nenhum", falou Andres. "Infelizmente, algumas pessoas dão o passo maior que a perna. Agora sobrou apenas uma. Não está fechada, mas é mais acessível."
O cartola fez questão de dizer que tem a prerrogativa de assinar o acordo, mas que só fará isso se tiver o aval do Cori (Conselho de Orientação) e do Conselho Deliberativo.
"Nós fomos muito enganados com muitas propostas que não vingaram. Eu só vou assinar o contrato se tiver todas as garantias", disse Andres.
Ontem, ele esteve reunido com o presidente do Deliberativo, Carlos Eduardo Senger, que conheceu a proposta do consórcio Seebla/Egesa. "É um cavalo sideral arriado que está passando à nossa frente e não podemos perdê-lo", disse Senger, que marcou o encontro para o dia 21 deste mês.
Antes disso, uma comissão formada para analisar a proposta deve dar um parecer. Segundo pessoa ligada a Andres, a comissão já deu aval para a negociação com a Seebla/Egesa.
Ontem, ao diário "Lance!", Eduardo Rocha Azevedo, um dos membros da comissão, disse que nada será aprovado em 75 dias. Se isso ocorrer, o consórcio pode perder a prioridade de compra do terreno, na marginal Tietê, para tocar a obra -o prazo vai até o dia 22.
Integrantes da comissão levaram proposta da empresa Luso/Arenas. A empresa pediu seis meses para encontrar um terreno para a obra.
Segundo a Folha apurou, a Seebla/Egesa já se reuniu com o secretário municipal de esportes, Walter Feldman. "Foi sempre o que quis", disse, no encontro, sobre o fato de não ter de injetar dinheiro público.
Ele se comprometeu a levar o projeto ao governador José Serra, além de consultar a CET e a Secretaria da Habitação.
O próprio Andres tem se empenhado no projeto, que prevê a construção de 53 mil lugares e, segundo as partes, será bancado pelas empresas -o preço total da obra é R$ 440 milhões.
No final do ano passado, o cartola jantou com representantes do consórcio em São Paulo e foi a Belo Horizonte conhecer a sede da Egesa.
"Temos todas as condições de fazer porque somos a única empresa com know-how em estádios. Fizemos uma proposta séria e concreta e vamos dar tempo ao Corinthians", disse Francisco Caiafa, diretor do consórcio Seebla/Egesa.
Ontem, o clube emprestou o lateral Coelho ao Atlético-MG. Segundo o Corinthians, o negócio ocorreu a pedido do atleta.

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