São Paulo, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

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Após 1º tempo ruim, clássico se define no banco

Melhor no jogo, São Paulo abre placar após as entradas de Hernanes e Borges; gol do Corinthians nasce com revelação

São Paulo 1
Corinthians 1

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem brilho em campo no primeiro tempo, São Paulo e Corinthians só conseguiram mexer no placar quando acionaram seus bancos de reservas.
Do lado são-paulino, foram os titulares Hernanes e Borges, poupados no início do duelo, os responsáveis pelo gol da equipe. Do lado corintiano, o meia Boquita, recém-promovido da base, foi quem criou o lance para empatar o clássico.
Esquentaram um jogo que, de início, tinha um São Paulo mais bem postado taticamente e controlando um Corinthians nervoso. Foi esse o cenário em todo o primeiro tempo.
Os são-paulinos tinham sete reservas na formação inicial. Dos titulares, André Dias, Rodrigo, Richarlyson e Jean. Principal atacante, Washington nem estava no banco. Cérebro do time, Hernanes não iniciou.
"Talvez fosse melhor para a gente que o São Paulo colocasse seus principais jogadores com a cabeça na quarta. Mas Dagoberto, Bosco e Richarlyson não podem ser considerados reservas, eles estão reservas", ponderou o técnico corintiano, Mano Menezes, referindo-se à estreia do adversário na Libertadores, contra o Independiente.
"Não dá para jogar na quinta, às 22h, depois um clássico no domingo e um jogo de Libertadores na quarta. Por isso não escalei os principais, mas os caras jogaram bem", disse o são-paulino Muricy Ramalho.
Mesmo sem a formação principal, o São Paulo ganhava a maior parte dos lances no meio-campo, ameaçava com jogadas pelas laterais e só esbarrava na incompetência da conclusão do atacante André Lima.
Sem atacante fixo à frente -Souza era reserva-, o Corinthians mal parava a bola em seu ataque. Ela voltava toda hora.
Para conter o rival, os corintianos faziam muitas faltas. E em um lance de nervosismo, Túlio deu soco em André Dias, aos 38min, e foi expulso.
"Levantei meu antebraço na barriga do André Dias, que desabou", tentou se justificar o alvinegro, negando a agressão.
"Ele tentou simular um pênalti, e eu só disse a ele: "Não faz isso, não". E ele me agrediu", rebateu o são-paulino.
Com um a mais, o São Paulo não conseguiu manter a pressão sobre o Corinthians no segundo tempo. Afrouxou a marcação e não repetiu o domínio.
Sem criatividade dos dois lados, os treinadores resolveram apelar ao banco de reservas. No caso são-paulino, entraram os titulares Hernanes e Borges.
"O time que estava em campo era forte. Qualquer um que entrasse teria condições de jogar", minimizou Hernanes.
Mas, aos 30min, foi o volante quem deu passe para Dagoberto. Ele empurrou a bola para Borges, que abriu o placar.
"Depois da temporada que tive no ano passado, não poderia ficar sem fazer gols neste ano. Mas consegui marcar no clássico, o que é muito importante", disse o atacante, após marcar pela primeira vez em 2009.
Neste momento, o São Paulo também tinha um a menos, já que o lateral Wagner Diniz recebera o segundo cartão amarelo e acabou expulso.
Foi outro jogador do banco, no caso o do Corinthians, quem interferiu no placar. Aos 36min, o meia Boquita deu passe entre as pernas de rival e deixou André Santos, mais tarde expulso, na cara do gol para empatar. "Tenho entrado bem. Almejo um dia ser titular", disse.
O São Paulo lamentou não vencer, mesmo com um a mais a maior parte do tempo. "Sem dúvida, o empate foi melhor para o Corinthians. Fomos melhores", falou André Dias.0 (EDUARDO ARRUDA E RODRIGO MATTOS)


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