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São Paulo, domingo, 16 de março de 2003

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MEMÓRIA

Mutreta e zebra ajudam os reis do mata-mata

DA REPORTAGEM LOCAL

Corinthians e São Paulo souberam tirar proveito de várias formas dos muitos regulamentos esdrúxulos do Campeonato Paulista depois de 1972.
Em 1977, por exemplo, o time do Parque São Jorge saiu da fila ao ganhar o título em cima da Ponte Preta. Detalhe: a equipe perdeu cinco vezes para o time campineiro naquele ano.
Dois anos mais tarde, o presidente corintiano Vicente Matheus conseguiu adiar as finais do torneio, prejudicando o poderoso Palmeiras de Telê Santana, que dominara as primeiras fases com folga. Quando as semifinais aconteceram, o Corinthians superou um rival mais enfraquecido e menos embalado e partiu para o título.
O São Paulo conseguiu uma proeza em 1991. Após ter caído para a Série B em 1990, acabou campeão da Série A no ano seguinte. O clube do Morumbi conseguiu inclusive a vantagem do empate nas finais por ter somado muitos pontos contra times que não eram da elite.
Em algumas vezes, as zebras favoreceram São Paulo e Corinthians. Em 1989, por exemplo, o Palmeiras, treinado por Leão, fez campanha brilhante, mas sofreu uma fatídica derrota para o Bragantino e foi eliminado. O São Paulo perdeu quatro jogos, mas foi o campeão.
Quando o Paulista era disputado por pontos corridos, não havia muito espaço para mutreta ou zebra. Dos 10 títulos do Santos de Pelé, 8 foram obtidos no sistema de pontos corridos.
Um dos poucos tropeços do Santos de ouro aconteceu em 1959, quando o Palmeiras, ainda antes da Academia, empatou em pontos com o time de Pelé e levou a melhor em uma série de desempate. (RBU)


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