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Para técnicos, conquista é obrigação e obsessão
DA REPORTAGEM LOCAL
O título do Paulista-2003 vale a
permanência de Oswaldo de Oliveira e a afirmação de Geninho.
O técnico do São Paulo, contratado após os reveses de Nelsinho
Baptista à frente da equipe justamente contra o Corinthians no
primeiro semestre de 2002, precisa da conquista para se manter no
cargo. Desde que assumiu, Oliveira tem sido abertamente criticado
por membros da diretoria.
O presidente do clube repete
que futebol é feito por resultados.
Marcelo Portugal Gouvêa falou,
inclusive, que não pensa na hipótese de perder. O diretor de futebol, Carlos Augusto Barros e Silva, ainda foi além: "O Corinthians
será vice-campeão".
O técnico são-paulino silencia
toda vez que a pergunta é sobre a
instabilidade do seu emprego.
Prefere dizer que nega saber sobre
a iminente decisão da diretoria
em caso de derrota para o Corinthians. "As coisas no São Paulo estão nos trilhos. Estou tranquilo."
Já o corintiano Geninho, contratado no início do ano para
substituir Carlos Alberto Parreira,
sofre pressão de si mesmo. A diretoria corintiana já deixou claro
que a sua prioridade é a Taça Libertadores, mas o técnico disse
que o Paulista é sua obsessão.
"Gostaria muito de ganhar o
Paulista. Minha carreira como jogador, além de 70% do meu trabalho como técnico, foi nessa
competição, mas eu nunca fui
campeão. Para mim, vale muito",
afirmou o treinador, que ainda
pensa na sua auto-afirmação e na
sua aceitação pela torcida.
Segundo Geninho, as vaias que
ainda recebe dos torcedores têm
relação com seu antecessor. "Parreira deixou o cargo depois de
uma temporada gloriosa para assumir a seleção. Se não fosse assim, a minha campanha de nove
vitórias, dois empates e uma derrota seria festejada por todos."
O técnico são-paulino já tem o
"seu" Paulista. Justamente o primeiro título que conquistou na
sua carreira de técnico. "É inesquecível", declarou Oliveira, referindo-se ao título que conseguiu
com o Corinthians sobre o Palmeiras em 1999.
(MR E RP)
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