São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 2006

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Chanceler alemã apóia Klinsmann, mas só 3% do país vê êxito na Copa

DA REPORTAGEM LOCAL

Alvo de críticas vindas de todos os lados, sobretudo depois da recente goleada sofrida para a Itália, o técnico da Alemanha, Jürgen Klinsmann, ganhou a primeira-ministra Angela Merkel como aliada. "Eu estou convencida de que Klinsmann e a seleção estão no caminho certo", disse ela.
As declarações da chanceler alemã foram dadas durante um encontro ontem em Berlim, quando recebeu o treinador, Franz Beckenbauer, um dos principais críticos de Klinsmann e presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo, e o presidente da Federação Alemã, Theo Zwanziger.
A chanceler da Alemanha aproveitou para pedir a Klinsmann que convoque jogadores jovens para a seleção e disse para ele não se preocupar com as críticas que tem recebido. "Quando alguém está convencido das escolhas que faz, deve manter suas decisões. Mudar de idéia sobre as coisas todos os dias não é a chave para o sucesso. Eu falo isso por experiência própria", afirmou Merkel.
Uma das maiores críticas feitas a Klinsmann por quem o considera inadequado para treinar a Alemanha justamente no Mundial em que o país será a sede do evento é o fato de o ex-jogador não morar em território alemão -o treinador vive com sua família na Califórnia, nos EUA.
Por fim, a premiê alemã ainda fez elogios à organização do Mundial. "A Copa será um êxito para a Alemanha, no plano econômico e também no esportivo."
O otimismo da primeira-ministra, entretanto, não é compartilhado pela população do seu país.
Segundo uma pesquisa, apenas 3% dos alemães crêem na possibilidade de a seleção ganhar o torneio -em levantamento semelhante feito em fevereiro, antes da goleada sofrida para a Itália (4 a 1), o índice dos que acreditavam no tetracampeonato era de 9%.
Mas o pessimismo dos alemães com relação ao Mundial não pára por aí. Ainda segundo a pesquisa, feita pelo Instituto Forsa, para 17% dos mil entrevistados a Alemanha cairá na primeira fase, num grupo em que terá como rivais países sem muita tradição: Costa Rica, Polônia e Equador.
Apesar da descrença no desempenho da seleção anfitriã na Copa, os torcedores não apóiam a saída imediata de Klinsmann -66% dos entrevistados disseram que ele deve continuar mesmo se a Alemanha perder o próximo amistoso, no próximo dia 22.


Com agências internacionais


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