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Chanceler alemã apóia Klinsmann, mas só 3% do país vê êxito na Copa
DA REPORTAGEM LOCAL
Alvo de críticas vindas de todos
os lados, sobretudo depois da recente goleada sofrida para a Itália,
o técnico da Alemanha, Jürgen
Klinsmann, ganhou a primeira-ministra Angela Merkel como
aliada. "Eu estou convencida de
que Klinsmann e a seleção estão
no caminho certo", disse ela.
As declarações da chanceler alemã foram dadas durante um encontro ontem em Berlim, quando
recebeu o treinador, Franz Beckenbauer, um dos principais críticos de Klinsmann e presidente do
Comitê Organizador da Copa do
Mundo, e o presidente da Federação Alemã, Theo Zwanziger.
A chanceler da Alemanha aproveitou para pedir a Klinsmann
que convoque jogadores jovens
para a seleção e disse para ele não
se preocupar com as críticas que
tem recebido. "Quando alguém
está convencido das escolhas que
faz, deve manter suas decisões.
Mudar de idéia sobre as coisas todos os dias não é a chave para o
sucesso. Eu falo isso por experiência própria", afirmou Merkel.
Uma das maiores críticas feitas
a Klinsmann por quem o considera inadequado para treinar a Alemanha justamente no Mundial
em que o país será a sede do evento é o fato de o ex-jogador não
morar em território alemão -o
treinador vive com sua família na
Califórnia, nos EUA.
Por fim, a premiê alemã ainda
fez elogios à organização do Mundial. "A Copa será um êxito para a
Alemanha, no plano econômico e
também no esportivo."
O otimismo da primeira-ministra, entretanto, não é compartilhado pela população do seu país.
Segundo uma pesquisa, apenas
3% dos alemães crêem na possibilidade de a seleção ganhar o torneio -em levantamento semelhante feito em fevereiro, antes da
goleada sofrida para a Itália (4 a
1), o índice dos que acreditavam
no tetracampeonato era de 9%.
Mas o pessimismo dos alemães
com relação ao Mundial não pára
por aí. Ainda segundo a pesquisa,
feita pelo Instituto Forsa, para
17% dos mil entrevistados a Alemanha cairá na primeira fase,
num grupo em que terá como rivais países sem muita tradição:
Costa Rica, Polônia e Equador.
Apesar da descrença no desempenho da seleção anfitriã na Copa, os torcedores não apóiam a
saída imediata de Klinsmann
-66% dos entrevistados disseram que ele deve continuar mesmo se a Alemanha perder o próximo amistoso, no próximo dia 22.
Com agências internacionais
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