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FUTEBOL
Time não sai do 0 contra Rosario Central, perde chance de liderar grupo e fica em situação perigosa na Libertadores
Palmeiras patina diante de argentinos
DA REPORTAGEM LOCAL
O jeitinho (com) argentino do
técnico Emerson Leão não deu
muito certo. Diante dos rivais que
mais abomina no futebol, seu time fez feio ontem à noite.
Não passou de um modorrento
0 a 0 com o Rosario Central e acionou as incômodas "cornetas" por
todo o Parque Antarctica.
O placar deixou o Palmeiras em
segundo lugar no Grupo 7 da Libertadores, com cinco pontos,
um atrás do Nacional de Medellín, e permitiu aos argentinos,
que vinham de duas derrotas, somar seu primeiro ponto.
Mas o empate teve sabor amargo. No segundo turno da chave, os
palmeirenses só farão um jogo em
São Paulo. O time volta a jogar pela Libertadores justamente contra
o adversário de hoje, na Argentina, no próximo dia 23.
O script de ontem foi semelhante ao visto em quase todos os outros confrontos do Palmeiras em
2006. Um time sem criatividade,
com dois meias (Correa e Marcinho) que pouco articulam e dois
atacantes isolados.
Resultado: vaias da torcida e jogadores nervosos em campo. A
vítima dos impacientes palmeirenses ontem era o atacante Enílton, que, quando pegava na bola,
ouvia os apupos ecoarem pelo
Parque Antarctica.
Justiça seja feita a Edmundo. O
ídolo palmeirense, quando conseguia participar do jogo, dava um
toque de classe ao time. Mas era
muito pouco.
A inércia da equipe irritava o
técnico Emerson Leão. Do banco,
queixava-se que o time estava
muito recuado e gritava para o ala
Paulo Baier avançar. Os argentinos, bem ao modo que os caracterizam, marcavam duro, provocavam, batiam e levavam o troco.
Sem resposta satisfatória no 3-5-2, Leão mudou para o 4-4-2. Sacou o ineficiente Baier, que não
atacou nem marcou, e colocou o
meia Ricardinho. Correa foi para
a lateral direita. O zagueiro Douglas também saiu para a entrada
do volante Alceu.
O time passou a conseguir, ao
menos, chegar ao gol dos rivais.
Em menos de dez minutos, criou
mais do que nos 45 minutos iniciais. O bom momento não comportava o perseguido Enílton,
substituído por Washington.
O efeito colateral é que o Palmeiras ficou ainda mais exposto.
Os argentinos, em rápidos contragolpes, chegavam com facilidade, mas a precária habilidade
do time do Rosario evitou o pior.
A preocupação defensiva fez
com que os brasileiros reduzissem o ímpeto ofensivo inicial.
Leão pedia a seus atletas que parassem os adversários no campo
de ataque. Em vão.
A torcida, que apoiou a equipe
na maior parte do confronto, soltou a garganta para vaiar o time
ao apito final do juiz.
Novo encontro com os insatisfeitos torcedores está marcado
para o próximo domingo, quando a equipe, que luta pelo título
estadual contra São Paulo e Santos, recebe a Ponte Preta.
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