São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007

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ele é o bom

Grandes têm seu porto seguro no 3-5-2

Ao adotar esquema, incidência de reveses dos principais times de SP cai quase pela metade em relação ao sistema 4-4-2

Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras atuaram 29 vezes com três zagueiros na temporada e, na soma, perderam só 10% dos duelos

EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando eles estão no aperto, não titubeiam. Chamam mais um zagueiro e colocam em prática o 3-5-2. O esquema se transformou no porto seguro dos times grandes paulistas.
É assim com os badalados São Paulo e Santos, com o cambaleante Corinthians e, em parte, com o Palmeiras.
As quatro principais forças do Estado atuaram 29 vezes no 3-5-2 e perderam apenas três vezes -10% das partidas.
A incidência de derrotas dos grandes quase dobra no 4-4-2. Foram 34 partidas no esquema e seis reveses (18%).
O clube do Parque São Jorge é o maior exemplo do esquema de segurança. Com seus três zagueiros, começa a sair do sufoco. Anteontem, ao bater o Treze, completou a terceira partida sem derrota nesse sistema.
No 3-5-2, o time de Leão atuou em seis partidas na temporada, com quatro triunfos, um empate e uma derrota.
No esquema com dois zagueiros, foram dez confrontos -quatro vitórias, quatro derrotas e dois empates.
"Com três zagueiros, os volantes têm um pouco mais de liberdade para atacar. Corremos menos riscos. Estamos encontrando uma formação consistente", diz o volante Magrão.
"É uma formação boa, em que não precisamos pedir para o lateral fazer cobertura. O time está mais enquadrado", analisa o zagueiro Betão.
"Esquema bom é aquele que vence", justifica Leão.
O São Paulo, invicto há 28 jogos, começou a temporada no 4-4-2, mas logo o técnico Muricy Ramalho voltou ao sistema que mais tem dado certo no time nos últimos três anos -foi campeão mundial com ele.
O 3-5-2 também tem rendido bons frutos ao Santos de Vanderlei Luxemburgo, que sempre se refere ao esquema como 5-3-2 por acreditar que os alas atuam mais recuados.
Ele usou o sistema três vezes, todas em jogos considerados "de risco", como no duelo contra o Deportivo Pasto, da Colômbia, na estréia do clube na fase de grupos do torneio.
Na altitude de San Juan Pasto, os santistas ganharam por 1 a 0. O triunfo foi repetido em outros dois duelos no 3-5-2.
Já o Palmeiras, mesmo usando menos o esquema, tem um bom aproveitamento, com só duas derrotas em sete jogos.


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