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MEMÓRIA
Times argentinos tiveram ídolos brasileiros negros
DA REPORTAGEM LOCAL
A cor da pele não foi problema para uma penca de jogadores brasileiros virarem
ídolos de clubes argentinos.
E isso começou na década
de 30 e chega até hoje. Os
desbravadores negros e mulatos foram alguns dos melhores jogadores brasileiros
do início do século passado.
Eles partiram para a Argentina em busca de salários, já que o profissionalismo ainda engatinhava na
terra natal. Domingos da
Guia, para muitos o melhor
zagueiro brasileiro de todos
os tempos, defendeu as cores do Boca Juniors, onde foi
campeão nacional.
Os irmãos Petronilho e
Waldemar de Brito (este último o descobridor de Pelé)
brilharam no San Lorenzo.
No final da década de 50 e
no início dos anos 60 houve
um boom de transferências
de atletas brasileiros para
clubes do país vizinho.
O River Plate, famoso por
ser um time elitista, contratou vários brasileiros, incluindo o negro Moacir, que
jogava no Flamengo e foi
campeão mundial em 1958.
Mas é no Boca Juniors que
está mesmo o maior destino
de brasileiros. Foram mais
de duas dezenas, e boa parte
deles negros ou mulatos. Na
década passada, o clube teve
o atacante Charles e o lateral
Jorginho Paulista.
No time atual, o mais popular clube argentino conta
com Baiano, que diz nunca
ter sofrido por sua cor.
"Nunca tive problemas, nem
no Brasil nem aqui. Sempre
me trataram bem. É verdade
que a palavra negro é muito
forte, mas acho que as coisas
que acontecem em campo
devem ficar lá", disse.
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