São Paulo, sábado, 16 de abril de 2005

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MEMÓRIA

Times argentinos tiveram ídolos brasileiros negros

DA REPORTAGEM LOCAL

A cor da pele não foi problema para uma penca de jogadores brasileiros virarem ídolos de clubes argentinos.
E isso começou na década de 30 e chega até hoje. Os desbravadores negros e mulatos foram alguns dos melhores jogadores brasileiros do início do século passado.
Eles partiram para a Argentina em busca de salários, já que o profissionalismo ainda engatinhava na terra natal. Domingos da Guia, para muitos o melhor zagueiro brasileiro de todos os tempos, defendeu as cores do Boca Juniors, onde foi campeão nacional.
Os irmãos Petronilho e Waldemar de Brito (este último o descobridor de Pelé) brilharam no San Lorenzo.
No final da década de 50 e no início dos anos 60 houve um boom de transferências de atletas brasileiros para clubes do país vizinho.
O River Plate, famoso por ser um time elitista, contratou vários brasileiros, incluindo o negro Moacir, que jogava no Flamengo e foi campeão mundial em 1958.
Mas é no Boca Juniors que está mesmo o maior destino de brasileiros. Foram mais de duas dezenas, e boa parte deles negros ou mulatos. Na década passada, o clube teve o atacante Charles e o lateral Jorginho Paulista.
No time atual, o mais popular clube argentino conta com Baiano, que diz nunca ter sofrido por sua cor. "Nunca tive problemas, nem no Brasil nem aqui. Sempre me trataram bem. É verdade que a palavra negro é muito forte, mas acho que as coisas que acontecem em campo devem ficar lá", disse.


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