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Brasil teve dois
pugilistas que
desapareceram
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil teve dois pugilistas, líderes de organizações
de esquerda, desaparecidos
no regime militar (1964-85).
Virgílio Gomes da Silva era
um galo e lutava na juventude. Também incentivava os
filhos a se exercitar. "Ele fazia a gente fazer flexão, correr em volta do quarteirão...
Mas eu era preguiçoso. Não
fazia tudo", conta Vlademir,
um dos filhos do lutador.
A maior façanha física de
Silva não foi propriamente
esportiva. Em concurso de
uma rádio, dançou 72 horas
seguidas, ganhando de prêmio terreno em Mongaguá
ainda mantido pela família.
Em 1969, Silva, membro da
Ação Libertadora Nacional,
participou do seqüestro do
embaixador dos EUA, Charles Burke Elbrick. Em troca
dele, houve a libertação de 15
presos políticos. Pouco depois, o militante foi preso e
torturado até a morte.
Mais destaque esportivo
teve Osvaldo Orlando da
Costa, de 1,98 m. Osvaldão
ganhou o Carioca dos pesados defendendo o Botafogo.
Militante do PC do B, foi
um dos primeiros a chegar
ao Araguaia, local onde foi
implantada a guerrilha rural,
um dos últimos focos de resistência armada à ditadura.
Assassinado em 1974 durante expedição do Exército
para combater a guerrilha,
seu corpo foi enterrado em
local desconhecido.
(ALF)
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