São Paulo, sexta-feira, 16 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Exigências para o Mundial ficam maiores

DO PAINEL FC
DA REPORTAGEM LOCAL

A presença de pontos cegos no estádio nunca foi motivo para se excluir um estádio de uma Copa do Mundo.
Com as críticas feitas ao projeto do Morumbi, a Fifa demonstra que tornou ainda mais rígidos seus critérios de avaliação das arenas que sediarão um Mundial.
Na Alemanha, por exemplo, a federação se mostrou condescendente com o estádio que sediou a decisão da Copa de 2006. O Estádio Olímpico de Berlim, inaugurado em 1936 para receber a Olimpíada, possuía problemas graves de visibilidade.
Tombado como patrimônio histórico da capital alemã, o estádio não pôde sofrer alterações tão profundas como as exigidas pela Fifa.
Para respeitar o projeto original, foram adotados pilares internos de 25 cm de diâmetro para sustentar a cobertura. Essas pilastras comprometeram a visibilidade de cerca de 5% dos assentos do estádio. Desse modo, os ingressos para esses lugares não foram vendidos.
A África do Sul, que receberá a Copa do Mundo a partir do dia 11 de junho, também possui um estádio repleto de pontos cegos.
Em Durban, o Moses Mabhida, construído especificamente para receber o Mundial, tentou evitar os problemas de visibilidade, mas não obteve sucesso.
A cidade chegou a requisitar à Fifa que as placas de publicidade ficassem situadas a uma distância de 14 m dos limites do gramado. O pedido, inicialmente aceito, acabou sendo negado posteriormente por pressões comerciais.
Com isso, as placas voltaram a ser fixadas em seu limite máximo de distância, que é de 5 m do campo.
E os pontos cegos persistem na arena que receberá não só Brasil x Portugal, pela primeira fase, como também um jogo das oitavas de final e uma semifinal. Os assentos que não dão total visibilidade estão sendo vendidos a preços mais modestos para a Copa do Mundo. (EA E MB)



Texto Anterior: Novo projeto do Morumbi prevê zerar pontos cegos
Próximo Texto: Palmeiras ganha em partida que acaba na delegacia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.