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Exigências para o Mundial ficam maiores
DO PAINEL FC
DA REPORTAGEM LOCAL
A presença de pontos cegos no estádio nunca foi motivo para se excluir um estádio de uma Copa do Mundo.
Com as críticas feitas ao
projeto do Morumbi, a Fifa
demonstra que tornou ainda
mais rígidos seus critérios de
avaliação das arenas que sediarão um Mundial.
Na Alemanha, por exemplo, a federação se mostrou
condescendente com o estádio que sediou a decisão da
Copa de 2006. O Estádio
Olímpico de Berlim, inaugurado em 1936 para receber a
Olimpíada, possuía problemas graves de visibilidade.
Tombado como patrimônio histórico da capital alemã, o estádio não pôde sofrer
alterações tão profundas como as exigidas pela Fifa.
Para respeitar o projeto
original, foram adotados pilares internos de 25 cm de
diâmetro para sustentar a
cobertura. Essas pilastras
comprometeram a visibilidade de cerca de 5% dos assentos do estádio. Desse modo, os ingressos para esses
lugares não foram vendidos.
A África do Sul, que receberá a Copa do Mundo a partir do dia 11 de junho, também possui um estádio repleto de pontos cegos.
Em Durban, o Moses
Mabhida, construído especificamente para receber o
Mundial, tentou evitar os
problemas de visibilidade,
mas não obteve sucesso.
A cidade chegou a requisitar à Fifa que as placas de publicidade ficassem situadas a
uma distância de 14 m dos limites do gramado. O pedido,
inicialmente aceito, acabou
sendo negado posteriormente por pressões comerciais.
Com isso, as placas voltaram a ser fixadas em seu limite máximo de distância,
que é de 5 m do campo.
E os pontos cegos persistem na arena que receberá
não só Brasil x Portugal, pela
primeira fase, como também
um jogo das oitavas de final e
uma semifinal. Os assentos
que não dão total visibilidade
estão sendo vendidos a preços mais modestos para a
Copa do Mundo.
(EA E MB)
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