São Paulo, sexta, 16 de abril de 1999

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VÔLEI
Enquanto o torneio feminino anuncia 2 extinções, aumenta procura entre os homens para a próxima temporada
Superliga masculina ganha 4 times

Luiz Carlos Murauskas - 26.mar.99/Folha Imagem
O atacante Nalbert, do Olympikus e da seleção brasileira, que tem proposta para jogar no Japão e na Itália, participa de sessão de hidroginástica


da Reportagem Local

Na contramão do vôlei feminino, que daqui a dez dias encerra sua temporada com duas extinções (UnG e Leites Nestlé), a versão masculina da Superliga negocia o ingresso de quatro equipes.
Nesta temporada, 12 equipes disputaram o torneio. Se os interessados confirmarem seus projetos, o número sobe para 16, o maior da história da competição.
Um desses reforços está assegurado: inativo há um ano, por falta de patrocínio, o Palmeiras já está inscrito no Paulista, em junho -campeonato que serve de preparação para o torneio nacional.
O Olympikus, do Rio, negocia com a Universidade Mackenzie a criação de uma filial em São Paulo.
Dono de equipes de primeira linha na natação (entre seus atletas está Gustavo Borges), judô e basquete (é campeão da Liga Sul-Americana), o Vasco contatou José Roberto Guimarães, ouro em Barcelona-92, como técnico, para apresentar um projeto de um time masculino. O clube, aliás, patrocina Adriana Behar e Shelda, bicampeãs mundiais na praia.
Por fim, o governo do Espírito Santo pediu orientação à Confederação Brasileira de Vôlei para a montagem de um time no Estado.
Além do Palmeiras, que na segunda anuncia seu patrocinador, a estratégia mais definida é a do Olympikus, que, depois de passar por Campinas, Indaiatuba e, nos últimos dois anos, ter contrato para usar as instalações do Grajaú Country Club, no Rio, procura parcerias com universidades.
O Olympikus assumiria despesas com manutenção do time (hospedagem, alimentação, transporte, salários), enquanto a instituição cederia suas instalações. José Roberto Guimarães, hoje dirigente da UnG, também foi consultado: poderia ser técnico no Rio ou assumir o projeto em São Paulo.
"Estamos dispostos até a abrir mão de ter o nosso nome no time. Na nossa opinião, chegou a hora de o vôlei voltar à TV aberta. Se for necessário, daremos o primeiro passo", diz Getúlio Nunes, gerente de propaganda do grupo Azaléia, dona da marca Olympikus.
Esse seria um argumento para convencer a Rede Globo a transmitir partidas da Superliga -a emissora tem por norma não se referir a equipes de qualquer modalidade pelo nome do patrocinador.
Para o Vasco, um empecilho a sua entrada na Superliga parte da própria CBV: o ranking de atletas.
"Nós entramos para ganhar", diz Eurico Miranda, vice-presidente de futebol, mas quem de fato dá a última palavra no clube.
O ranking limita a presença de apenas dois atletas "top" por time. Assim, por exemplo, os cariocas não poderiam juntar Gustavo, Giba e Maurício, titulares da seleção.



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