|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
São Paulo embala sonho no retrospecto de Cuca
Apostando no desempenho longe de casa, time tenta após 10 anos ir à final da Libertadores
RODRIGO BUENO
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão é fora de casa, mas, se
depender do retrospecto do técnico Cuca como visitante, o São
Paulo pode jogar confiante contra
o Once Caldas, quando tentará,
na Colômbia, voltar à decisão da
Libertadores após dez anos.
Para isso, o time paulistano,
campeão em 92 e 93 e vice em 94,
precisa de uma vitória às 21h45,
em Manizales, já que no jogo de
ida os colombianos seguraram o 0
a 0. Em caso de nova igualdade no
placar, a decisão será nos pênaltis.
O São Paulo e o técnico entram
em campo pressionados a cumprir a missão de voltar a disputar a
final da competição continental.
O time de Cuca falhou em sua
única oportunidade de título
quando, até então invicto, foi eliminado do Paulista pelo São Caetano em pleno Morumbi, com
dois gols sofridos após escanteios.
Não bastasse isso, Cuca sabe
que Luis Fabiano terá que "ir para
o sacrifício" contra os colombianos, que estão invictos em seu estádio nesta Libertadores.
Para piorar, o Once Caldas armou um "clima de guerra" ao impedir o São Paulo de treinar no estádio Palogrande antes do jogo.
Diante de tanta dificuldade, os
são-paulinos apostam no currículo de Cuca em jogos fora de casa.
Na atual temporada, o time do
Morumbi fez 14 jogos oficiais no
campo do adversário. Venceu dez
dessas partidas e perdeu só três.
Teve aproveitamento de 100% no
Paulista como visitante, ganhou
58,3% dos pontos que disputou
longe de casa até agora no Brasileiro e, na Libertadores, ostenta
60% de aproveitamento fora.
Nunca antes o São Paulo havia
conseguido três triunfos como visitante em uma Libertadores.
Nem mesmo na era Telê Santana o time mostrou eficiência como visitante. Em 1992, ano da primeira conquista da competição,
teve um aproveitamento de 38%
fora. No ano seguinte, quando
veio o bicampeonato, o aproveitamento caiu para 17%. Em 1994,
ainda com Telê como treinador, a
média foi ainda pior: 11%.
Na última partida fora de casa
nesta Libertadores, o São Paulo
goleou o Deportivo Táchira por 4
a 1. Foi a única goleada da equipe
no torneio -o time venezuelano
estava invicto até então em seus
domínios e não havia sofrido um
gol sequer em seu estádio.
Contra o Rosario Central, a
equipe até jogou bem mesmo
com um atleta a menos -Fábio
Simplício foi expulso no primeiro
tempo-, mas caiu por 1 a 0.
O grande baque aconteceu na
altitude de Quito, onde perdeu
por 3 a 0 para a LDU.
Mesmo em partidas não-oficiais, o time são-paulino tem rendido bem na temporada no campo rival. Com Milton Cruz no comando e uma equipe mista, bateu
o Los Angeles Galaxy por 1 a 0,
nos EUA. Contra o Avaí, que está
na Série B do Brasileiro, o São
Paulo de Cuca obteve a sua maior
goleada: 6 a 0, em Florianópolis.
O Once Caldas, por sua vez,
apresenta uma invencibilidade de
12 jogos internacionais jogando
em seu campo. Nele, eliminou da
Libertadores o Barcelona de Guayaquil (EQU) e o Santos -não foi
vazado por esses rivais em casa.
Luis Fabiano, artilheiro da Libertadores (oito gols), era um dos
poucos atletas são-paulinos que
não vinham rendendo bem nos
jogos no exterior. Contra o Deportivo Táchira, porém, o atacante desencantou e marcou seus
dois primeiros gols fora do Morumbi na disputa internacional.
Já o goleiro Rogério tem se destacado longe de São Paulo. Marcou o primeiro gol do time na
campanha da Libertadores (fez de
falta no Alianza Lima, no Peru).
Contra o Táchira, realizou ao menos duas defesas dificílimas.
Mesmo uma hipotética disputa
de pênaltis não atormenta Cuca.
"Quero a classificação para a final.
Se for nos pênaltis, não importa."
NA TV - Globo (só para SP), ao
vivo, às 21h45
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Postura de rival trará espaço, afirma técnico Índice
|