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Jogador mobiliza toda a seleção
Apelidado de "presidente" pelos colegas, Ronaldo recebe tratamento VIP de comissão técnica e CBF
Atacante do Real Madrid
monopoliza as atenções e
conta com apoio de seus
companheiros um dia após
ir ao hospital com tonturas
DOS ENVIADOS A KÖNIGSTEIN
O apelido de "presidente" dado pelos colegas cai como luva
para a paparicação em torno de
Ronaldo na seleção brasileira.
Dos jogadores aos membros da
comissão técnica, passando pela cúpula da CBF, todos dispensam atenção especial a ele.
No dia seguinte às tonturas
que o levaram ao hospital, recebeu afago dos companheiros e
tomou quase todo o tempo de
assessores, médicos e parte dos
auxiliares de Parreira.
Quando se dirigiu à ala do hotel da seleção para realizar um
trabalho de reforço muscular,
foi cercado de cuidados por
quatro membros da comissão
técnica da seleção.
Pela manhã, entrou na sala
com o fisioterapeuta Luis Rosan. Minutos depois, voltou
acompanhado pelos preparadores físicos Moracy Sant'ana e
Paulo Paixão e pelo médico Rodrigo Lasmar.
Nesse momento, o assessor
de imprensa da CBF, Rodrigo
Paiva, tentava explicar o mal-estar do jogador. Após muitas
entrevistas, reclamou que não
cuidava só de Ronaldo, que tem
dois assessores pessoais.
À tarde, durante a zona mista
com os jornalistas, ele teve de
buscar o atacante que não havia
atendido a imprensa estrangeira. Enquanto isso, Cafu, Roberto Carlos e Robinho davam declarações de apoio ao colega.
A diretoria da CBF teve de
gastar um bom tempo para apagar um incêndio criado pelo
atacante. No episódio em que
ele insinuou que o presidente
Lula bebia exageradamente,
cartolas da entidade tiveram de
entrar em ação para não abalar
a boa relação com o governo.
Desde o início da preparação,
Ronaldo tem tido tratamento
diferenciado. O jogador, que se
apresentou recém-recuperado
de lesão, fez trabalho físico especial. Dias depois, sofreu com
bolhas no pé, que o colocaram
no departamento médico e fizeram a Nike montar operação
para solucionar o problema,
causado pelas chuteiras. Depois, foi uma virose sua que
mobilizou a CBF.
(EDUARDO ARRUDA, FÁBIO VICTOR, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
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