São Paulo, sexta-feira, 16 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Jogador mobiliza toda a seleção

Apelidado de "presidente" pelos colegas, Ronaldo recebe tratamento VIP de comissão técnica e CBF

Atacante do Real Madrid monopoliza as atenções e conta com apoio de seus companheiros um dia após ir ao hospital com tonturas


DOS ENVIADOS A KÖNIGSTEIN

O apelido de "presidente" dado pelos colegas cai como luva para a paparicação em torno de Ronaldo na seleção brasileira. Dos jogadores aos membros da comissão técnica, passando pela cúpula da CBF, todos dispensam atenção especial a ele.
No dia seguinte às tonturas que o levaram ao hospital, recebeu afago dos companheiros e tomou quase todo o tempo de assessores, médicos e parte dos auxiliares de Parreira.
Quando se dirigiu à ala do hotel da seleção para realizar um trabalho de reforço muscular, foi cercado de cuidados por quatro membros da comissão técnica da seleção.
Pela manhã, entrou na sala com o fisioterapeuta Luis Rosan. Minutos depois, voltou acompanhado pelos preparadores físicos Moracy Sant'ana e Paulo Paixão e pelo médico Rodrigo Lasmar.
Nesse momento, o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, tentava explicar o mal-estar do jogador. Após muitas entrevistas, reclamou que não cuidava só de Ronaldo, que tem dois assessores pessoais.
À tarde, durante a zona mista com os jornalistas, ele teve de buscar o atacante que não havia atendido a imprensa estrangeira. Enquanto isso, Cafu, Roberto Carlos e Robinho davam declarações de apoio ao colega.
A diretoria da CBF teve de gastar um bom tempo para apagar um incêndio criado pelo atacante. No episódio em que ele insinuou que o presidente Lula bebia exageradamente, cartolas da entidade tiveram de entrar em ação para não abalar a boa relação com o governo.
Desde o início da preparação, Ronaldo tem tido tratamento diferenciado. O jogador, que se apresentou recém-recuperado de lesão, fez trabalho físico especial. Dias depois, sofreu com bolhas no pé, que o colocaram no departamento médico e fizeram a Nike montar operação para solucionar o problema, causado pelas chuteiras. Depois, foi uma virose sua que mobilizou a CBF. (EDUARDO ARRUDA, FÁBIO VICTOR, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)


Texto Anterior: Time ganha trégua com foco no atacante da seleção em Königstein
Próximo Texto: Parreira não sabia de ida ao hospital
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.