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Equador faz história e põe Alemanha na parede
Luca Bruno/Associated Presse
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Com máscara de Homem-Aranha, em alusão ao atacante Otilino Tenorio, morto em 2005 em acidente de carro, Kaviedes festeja |
Em sua segunda Copa, time sul-americano consegue vaga inédita nas oitavas
Equatorianos batem Costa Rica, eliminam o rival e os poloneses e precisam só empatar com anfitriões para terminar em 1º no Grupo A
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um futebol objetivo, o
Equador ganhou seu segundo
jogo nesta Copa e conquistou
uma inédita classificação às oitavas-de-final do torneio -isso
com uma rodada de antecedência para o fim da fase de grupos.
Ao superar ontem a Costa Rica por 3 a 0, em Hamburgo, a
seleção equatoriana, que disputa o seu segundo Mundial na
história, assumiu a liderança
isolada do Grupo A, com seis
pontos -os mesmos da Alemanha, que está atrás por ter pior
saldo de gols (3 contra 5).
Apesar de a vitória sobre os
costarriquenhos garantir também os alemães na fase de mata-mata -mantendo a tradição
de o time anfitrião sempre
avançar-, o Equador põe o rival germânico contra a parede.
Para terminar a primeira etapa como líder, a Alemanha terá
de vencer o Equador na próxima terça-feira, em Berlim.
Já o time sul-americano se
garante na ponta com um empate, o que deixaria os alemães
como segundo colocados e com
possibilidade de pegarem a forte Inglaterra logo de cara.
Pelo regulamento, o segundo
melhor do Grupo A encara o líder do B, posição que, no momento, é dos ingleses, que ganharam a Copa de 1966 em cima dos alemães. Nessa hipótese, a Suécia, vice-líder, enfrentaria o Equador.
"Queremos o primeiro lugar
agora", provoca o técnico Luis
Fernando Suárez, do Equador,
que superou seu antecessor em
Mundiais, Hernan Dario Gomez. Com ele em 2002, o Equador não passou da fase inicial.
Agora, o Equador está na Alemanha credenciado pela terceira melhor campanha nas eliminatórias sul-americanas
-atrás de Brasil e Argentina,
mas à frente do Paraguai.
Na estréia, já havia surpreendido ao superar por 2 a 0 a favorita Polônia, seis participações
em Copas e que no classificatório europeu só havia ficado
atrás da Inglaterra.
Os poloneses, ao lado dos
costarriquenhos, deram adeus
ao Mundial. Perderam ambos
para alemães e equatorianos e
se enfrentam em Hannover
apenas para cumprir tabela.
Quando o juiz Coffi Codjia,
de Benin, apitou o final da partida ontem, a empolgação tomou conta dos equatorianos.
"Não conquistamos nada
ainda. Queremos ir o mais longe possível", disse com entusiasmo o atacante Carlos Tenorio, que, de cabeça, havia inaugurado o placar, aos 8min da
primeira etapa, após boa jogada
do parceiro Delgado, que tocara
para o meia Valencia cruzar.
"Não temos medo de ninguém, queremos jogar, estamos
classificados e alegramos o nosso povo", reforça Delgado, que
também deixou sua marca. Depois de tabelar com o meia
Méndez, bateu forte, aos 9min
da etapa final, e fez o segundo.
Com os 2 a 0, os sul-americanos passaram a administrar o
resultado diante de uma Costa
Rica apática. Diferente da de
1990, na Copa da Itália, quando
caiu nas oitavas-de-final.
A última pá de cal veio nos
acréscimos. Num contragolpe,
o centroavante Kaviedes completou o cruzamento do lateral
Reasco. Na comemoração, vestiu uma máscara amarela alusiva ao personagem das HQs Homem-Aranha. Era uma homenagem ao atacante Otilino Tenorio, 25, morto em 2005, num
acidente de trânsito. Ele usava
o artefato quando marcava.
Com agências internacionais
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