Mistério e psicologia também cercam a partida

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Equipes que mais fizeram faltas na primeira rodada, México e Angola se enfrentam às 16h em Hannover, pelo Grupo D, dispostos a mostrar mais jogo do que antijogo. Vale até buscar forças no extracampo.
Com 28 faltas, Angola até segurou a melhor qualidade de Portugal, porém esteve longe de apresentar um bom futebol na derrota por 1 a 0. Com três infrações a menos, o México controlou o ímpeto do Irã e venceu por 3 a 1.
Determinada a melhorar a equipe, a comissão técnica angolana aposta no psicólogo Laurindo Vieira para mexer com os brios da equipe africana e passar da primeira fase.
Vieira está com a equipe desde a Copa da África, quando maus resultados quase derrubaram Luís de Oliveira Gonçalves -único africano entre os técnicos da Copa.
"Não sei exatamente o que eles fazem nessas palestras, mas os jogadores saem rindo muito, brincando sobre quem usa o lado direito do cérebro", afirmou o porta-voz da seleção de Angola, Arlindo Macedo.
Para o zagueiro Kali, o esforço pode ajudar, tendo em vista as falhas do primeiro jogo. "Nosso principal problema foi a falta de concentração", aponta.
Do lado mexicano, o técnico Ricardo Lavolpe usa superstições e esconde o jogo sobre quem deve substituir o lesionado Jared Borgetti no ataque. Nos últimos treinos, ele não permitiu acesso à imprensa.
Sem o principal atacante do México, a escolha deve recair sobre Zinha ou Fonseca -ambos entraram no segundo tempo dos 3 a 1 contra o Irã.
Nos treinos para o jogo contra Angola, a preocupação foi com o meia Zé Kalanga, em quem enxergam a principal força criativa. E a promessa é de manter o jogo de pressão.