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Maradona empurra Argentina
Ídolo vira anjo da guarda da equipe, que também acha incentivo na estréia nada tranqüila do Brasil
Após cair diante da Holanda,
Sérvia tem que superar até
desentendimento entre
atletas para vencer hoje e continuar viva no Mundial
GUILHERME ROSEGUINI
ENVIADO ESPECIAL A GELSENKIRCHEN
O maior ídolo do país está
empenhado em compensar sua
ausência no último Mundial.
O principal inimigo demonstrou fraquezas e perdeu a aura
de imbatível que o cercava.
É assim, com incentivos de
sobra, que a Argentina entra
hoje em busca de uma vaga nos
mata-matas da Copa contra
Sérvia e Montenegro.
Longe de ser apenas um espectador, Maradona confirmou presença no jogo.
Contra a Costa do Marfim,
antes de pular e gritar como se
fosse um líder de torcida nas arquibancadas, fez questão de ir
até o vestiário incentivar os jogadores. E promete mais para
hoje. "Espero fazer isso sempre, até a final", afirma.
Apesar de nem sempre cumprir seus juramentos (avisou
que iria à abertura da Copa e
não deu as caras), com a seleção
agora é diferente. Em 2002,
quando o time caiu na primeira
fase, Maradona fez mea-culpa e
se disse arrependido por não
ter apoiado o elenco in loco.
Agora, resolveu agir. Foi visto
com atletas na concentração,
pagou um almoço e deu conselhos individuais para os jogadores. "Tê-lo conosco é ótimo",
declarou o meia Riquelme.
Já seria um incentivo e tanto,
mas a atuação do Brasil contra
a Croácia foi usada como estímulo. O argentino declarou que
a estréia conturbada do maior
rival monstra o equilíbrio do
torneio. "A dificuldade é de todos. Ficou claro a importância
de vencer o primeiro jogo."
Além dos incentivos naturais
para vencer hoje, os argentinos
podem usar mais um tabu como obstáculo a superar ao entrar em campo. É no Mundial
de 74, os argentinos foram eliminados no mesmo estádio onde vai atuar hoje.
Quanto à Sérvia, problemas.
Nemanja Vidic, zagueiro, rompeu os ligamentos do joelho e
está fora da Copa. Mais: o treinador Ilija Petkovic vive em pé
de guerra com alguns jogadores
e com a imprensa sérvia.
Ontem, ele se exaltou ao ser
questionado sobre uma possível briga de atletas. "Críticas eu
aceito se são verdadeiras, mas
fabricação não tolero." A polêmica gira em torno de um suposto confronto entre os meias
Stankovic e Ljuboja. Eles não
negam a existência do desentendimento, mas dizem que tudo acabou em palavras. "Tomamos café da manhã juntos depois", disse Ljuboja.
Do outro lado, o problema é o
atacante Lionel Messi, que não
participou com todo o grupo do
treino de ontem -alegou contusão no pé. O corintiano Carlitos Tevez, que como Messi não
atuou nos 2 a 1 sobre a Costa do
Marfim, reserva, vomitou na
concentração e foi poupado.
Pekerman anunciou uma
mudança no time, no setor de
meio-campo. Lucho González
entra no lugar de Cambiasso.
Colaborou TONI ASSIS , da Reportagem Local
NA TV - Argentina x Sérvia e M.
Globo, ESPN Brasil, Bandsports,
Sportv e Directv, ao vivo, às 10h
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