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Ajuda externa a árbitro põe Fifa em saia justa
DOS ENVIADOS A BLOEMFONTEIN
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, sempre fez críticas à interferência eletrônica para resolver lances duvidosos. E resistiu a pressões
para adotar isso como regra.
Pois ontem o lance que
deu a vitória ao Brasil gerou
um mal-estar na entidade,
que prometeu se manifestar
oficialmente hoje sobre o pênalti anotado pelo inglês Howard Webb no final do jogo.
Na jogada, após arremate
de Lúcio, na área, o zagueiro
egípcio Ahmed Al Muhamadi tirou a bola com o braço
sobre a linha do gol. Webb,
em princípio, não marcou o
pênalti, apontando apenas
escanteio. A decisão foi seguida por seu auxiliar.
Após pressão dos brasileiros, Webb voltou atrás e anotou a penalidade. Segundo os
jogadores brasileiros e egípcios, ele teria recebido orientação do quarto árbitro, Matthew Breeze, para dar a falta.
Este, por sua vez, acompanhou o lance pelo replay no
monitor do estádio.
A federação de futebol do
Egito afirmou ter entrado
com recurso questionando a
decisão do árbitro. "Ele levou
três minutos para mudar a
decisão. Nós vamos reclamar
para ver se houve mudança
nas regras", afirmou o auxiliar técnico da seleção egípcia, Shawki Gharib.
"Nós não estamos culpando o árbitro, só queremos saber se pode haver interferência eletrônica", concluiu.
O ex-árbitro da Fifa e comentarista da TV Globo Arnaldo César Coelho disse ter
conversado com Webb e que
ele afirmou não ter sido instruído para alterar a decisão.
O técnico Dunga, entretanto, declarou que "em jogos dessa importância é sempre bom ter uma contribuição [externa] para que o jogo
seja mais limpo". Sobre a reclamação dos egípcios à Fifa,
respondeu a seu estilo. "Isso
é problema do Egito, não
nosso."
(EAR E PC)
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