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Apagão gera caos na entrada do estádio
Quedas de energia e despreparo da organização da Copa provocam transtornos à torcida no Ellis Park
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
Apagões frequentes tomaram conta do Ellis Park durante o jogo entre Brasil e Coreia do Norte e causaram um
caos na entrada dos torcedores. O sistema de bilheteria ficou interrompido por meia
hora e deixou cerca de 500
pessoas à espera na grade.
As quedas de eletricidade
foram uma constante na área
externa da parte oeste da arena. Começaram nos corredores inferiores e superiores de
acesso às arquibancadas
uma hora antes da partida.
As luzes apagavam e acendiam constantemente, até
que o problema afetou as roletas de acesso ao estádio. O
sistema eletrônico caiu, o
que travou as entradas.
A polícia sul-africana tentou resolver o problema sem
sucesso. O público começou
a protestar na grade.
Os policiais, então, tiraram as travas e começaram a
receber manualmente os ingressos, o que permitiu o fluxo de entrada no Ellis Park.
Só que os oficiais apenas
faziam um rasgo em cada bilhete, que não passavam pelo sistema. Além de não serem contabilizados, era impossível identificar os falsos.
"Ficamos meia hora, 40
minutos, à espera. Não achava que aconteceria em uma
Copa", contou a brasileira
Vanessa Parreira. "Demoramos uma hora desde a primeira passagem pela grade
de fora", acrescentou o marido dela, Sandro Reis.
Apesar de o jogo ter tido
venda total, o público registrado foi de 54.331 pessoas,
1.300 a menos do que a capacidade total do Ellis Park.
No corredor do setor Norte, havia um enorme tubo de
50 cm de diâmetro jogando
fumaça negra no público.
Uma bombeira que não quis
se identificar informou que
se tratava do gerador de eletricidade em funcionamento.
Os bombeiros tentavam
afastar a fumaça, que incomodava bastante os torcedores, com um ventilador.
A África do Sul vive uma
crise de energia elétrica. Já
houve apagão em Fan Fest, e
várias ruas de Johannesburgo costumam ficar às escuras
à noite para economizar luz.
DESORIENTAÇÃO
Também estiveram caóticas as orientações passadas
aos torcedores em relação
aos assentos na arena.
Explica-se: eram os policiais, sem qualquer treinamento, que cumpriam essa
função, antes exercida pelos
guardas privados. Ontem,
eles se recusaram a trabalhar
após fazerem protestos.
Enquanto isso, as luzes
dos corredores do setor oeste
acendiam e apagavam.
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