São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2010

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Maradona muda foco em treino

Treinador recebe presidente de entidade candidata ao Nobel e grita "temos que estar com ela'

JOSÉ GERALDO COUTO
ENVIADO ESPECIAL A PRETÓRIA

O treino de ontem da Argentina, em Pretória, foi fechado ao público, mas teve uma espectadora ilustre, a presidente das Avós da Plaza de Mayo, Estella de Carlotto.
Ela foi agradecer a Maradona e a seus pupilos o apoio que a Albiceleste está dando à candidatura da entidade ao Prêmio Nobel da Paz.
Após o treino, Estella e Maradona trocaram abraços e se falaram por alguns minutos. Terminada a conversa, o técnico gritou aos jornalistas, que observavam à distância: "É uma lutadora. Todos temos que estar com ela".
O coletivo entre os reservas de Maradona e a seleção sub-20 argentina, trazida à África do Sul para servir de "sparring" da equipe principal, foi presenciado por outro visitante célebre, o ex-artilheiro Gabriel Batistuta. O jogo foi a única parte do treino aberta aos jornalistas.
A ausência de Maxi Rodríguez entre os reservas no treino reforçou a suspeita de que Verón será poupado amanhã, contra a Coreia do Sul.
O meio-campista sentiu dores musculares no 1 a 0 sobre a Nigéria e seria, especula-se, substituído por Maxi.

ATO FALHO
Na entrevista coletiva que se seguiu ao treino, um ato falho de Tevez deu indícios de que o meia Jonás Gutiérrez, criticado por sua atuação como lateral direito improvisado, será mantido no time.
Questionado sobre o atacante sul-coreano Park Ji- -sung, o ex-corintiano respondeu: "Conheço Park muito bem, joguei com ele dois anos no Manchester [United] e poderei passar dicas para Jonás marcá-lo melhor".
Tevez reclamou das vuvuzelas, que chamou de "cornetas": "Com o barulho que elas fazem, não consegui conversar em campo com meus companheiros de ataque, Messi e Higuaín".
Ao comentar críticas que a Argentina sofreu nas eliminatórias, Tevez disse sentir- -se privilegiado por ter sido poupado. "Talvez pelo meu carisma, fui um dos poucos que não foram atacados."
Reconheceu, porém, que as críticas foram justas: "O time não jogou bem, esperava--se muito mais, pela classe dos jogadores", afirmou.
Embora atue há quatro anos na Inglaterra, Tevez precisou de intérprete para responder a um jornalista da TV Sky Sports que lhe pediu para definir Maradona em uma palavra. "Fenômeno."


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