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Maradona muda foco em treino
Treinador recebe presidente de entidade candidata ao Nobel e grita "temos que estar com ela'
JOSÉ GERALDO COUTO
ENVIADO ESPECIAL A PRETÓRIA
O treino de ontem da Argentina, em Pretória, foi fechado ao público, mas teve
uma espectadora ilustre, a
presidente das Avós da Plaza
de Mayo, Estella de Carlotto.
Ela foi agradecer a Maradona e a seus pupilos o apoio
que a Albiceleste está dando
à candidatura da entidade ao
Prêmio Nobel da Paz.
Após o treino, Estella e Maradona trocaram abraços e se
falaram por alguns minutos.
Terminada a conversa, o técnico gritou aos jornalistas,
que observavam à distância:
"É uma lutadora. Todos temos que estar com ela".
O coletivo entre os reservas de Maradona e a seleção
sub-20 argentina, trazida à
África do Sul para servir de
"sparring" da equipe principal, foi presenciado por outro visitante célebre, o ex-artilheiro Gabriel Batistuta. O
jogo foi a única parte do treino aberta aos jornalistas.
A ausência de Maxi Rodríguez entre os reservas no treino reforçou a suspeita de que
Verón será poupado amanhã, contra a Coreia do Sul.
O meio-campista sentiu
dores musculares no 1 a 0 sobre a Nigéria e seria, especula-se, substituído por Maxi.
ATO FALHO
Na entrevista coletiva que
se seguiu ao treino, um ato
falho de Tevez deu indícios
de que o meia Jonás Gutiérrez, criticado por sua atuação
como lateral direito improvisado, será mantido no time.
Questionado sobre o atacante sul-coreano Park Ji-
-sung, o ex-corintiano respondeu: "Conheço Park muito bem, joguei com ele dois
anos no Manchester [United]
e poderei passar dicas para
Jonás marcá-lo melhor".
Tevez reclamou das vuvuzelas, que chamou de "cornetas": "Com o barulho que
elas fazem, não consegui
conversar em campo com
meus companheiros de ataque, Messi e Higuaín".
Ao comentar críticas que a
Argentina sofreu nas eliminatórias, Tevez disse sentir-
-se privilegiado por ter sido
poupado. "Talvez pelo meu
carisma, fui um dos poucos
que não foram atacados."
Reconheceu, porém, que
as críticas foram justas: "O time não jogou bem, esperava--se muito mais, pela classe
dos jogadores", afirmou.
Embora atue há quatro
anos na Inglaterra, Tevez
precisou de intérprete para
responder a um jornalista da
TV Sky Sports que lhe pediu
para definir Maradona em
uma palavra. "Fenômeno."
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