São Paulo, domingo, 16 de julho de 2006

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Kia deu folga a Tevez, diz Corinthians

Na véspera do clássico com o Palmeiras, cartolas ofuscam rachão para contestar determinação do presidente da MSI Para Flávio Adauto, vice-presidente de comunicação, Geninho só foi informado da decisão e não teve outra alternativa senão aceitá-la

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na véspera do clássico contra o Palmeiras, dirigentes do Corinthians roubaram a cena no Parque São Jorge.
Uma comissão formada pelos vice-presidentes Flávio Adauto (comunicação), Edgar Soares (social) e Jorge Kalil (marketing) ofuscou o rachão antes da partida. Eles ocuparam a sala de imprensa para tratar do papel do clube na liberação do atacante argentino Carlitos Tevez, enquanto o elenco seguiu para a concentração sem dar entrevistas.
Os cartolas informaram que, após uma reunião de diretoria anteontem, ficou decidido por unanimidade que o clube precisava dar sua versão sobre a situação do argentino. Tevez ficou em seu país para tratar de problemas particulares.
"O Corinthians foi surpreendido e não teve nenhuma participação na liberação do jogador. O clube tomou conhecimento deste fato pela imprensa. Se fosse consultado, teria se manifestado contrariamente. A responsabilidade pela liberação é exclusiva do senhor Kia Joorabchian [da MSI], que não comunicou o clube de sua decisão", declarou Adauto.
Sobre a declaração do técnico Geninho, que anteontem assumiu a responsabilidade pela liberação, o vice de comunicação declarou que o treinador não tinha outra alternativa além de aceitar o pedido e que apenas foi informado da decisão.
A iniciativa dos dirigentes de expor a versão do clube, segundo Soares, teve o objetivo de informar a torcida de quem deve ser cobrado. "Se a torcida achar normal a dispensa, que aplauda os responsáveis. Se achar um escárnio que o jogador tenha folga ampliada depois de passar 40 dias sem jogar, que cobre", disse o vice social, que usou o termo "doidivano" para se referir a Kia Joorabchian.
Flávio Adauto ainda isentou Tevez de culpa no caso.
"Como funcionário, a ele compete pedir a folga. O problema foi de quem a concedeu."
A assessoria de imprensa da MSI não quis comentar o caso. Seu presidente, Kia Joorabchian, está na Europa e tem volta prevista para amanhã.


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