Time bate o Líbano em Pré-Olímpico e decide o topo do grupo contra a Grécia

Contra um adversário frágil, seleção masculina estréia bem em Atenas, mostrando eficiência na marcação e também rapidez no ataque

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quase em ritmo de treino, a seleção masculina venceu ontem o Líbano, por 94 a 54, em sua estréia no Pré-Olímpico Mundial de Atenas. Com a vitória, o time garantiu vaga nas quartas-de-final, eliminando o rival da luta por uma das três vagas olímpicas em disputa.
Hoje, o Brasil pega a Grécia, atual vice-campeã mundial, decidindo a primeira posição do Grupo A. Na sexta, a seleção joga as quartas-de-final contra Nova Zelândia ou Alemanha.
Se avançar, decidirá uma vaga olímpica no dia seguinte.
Ontem, a seleção dominou desde o início do jogo. O time abriu boa vantagem no quarto inicial (27 a 8), usando como trunfo rápidas trocas de bola, abrindo clarões na defesa libanesa, e velocidade na transição da defesa para o ataque.
Marcelinho Huertas se destacou na pontuação. Mesmo atuando menos no segundo tempo, o armador foi o cestinha da partida, com 17 pontos.
Com amplo domínio, o técnico Moncho Monsalve pôs os reservas para atuar no segundo período. O time continuou dominando o marcador e ampliou a vantagem, que chegou a 48 a 21 ao final do primeiro tempo.
O Líbano sentia a ausência de Joe Vogel, de 2,11 m, seu pivô de força, que se machucou e não joga o torneio. Assim, o Brasil dominou o garrafão, obtendo 35 rebotes, contra 23 do rival.
No perímetro, o Brasil não deixava brechas para o Líbano, cuja maior estrela, Fadi El Kathib, não passou dos três pontos -deixou a quadra com dor nas costas. "Por ser uma competição muito curta, não podíamos jogar hoje [ontem] de maneira diferente.
Marcamos bem o principal jogador deles", disse Marcelinho Machado.
Contra a Grécia, a dificuldade será bem maior. O time é comandado na quadra pelo armador Papaloukas, um dos mais completos da Europa. "É um jogador de grande talento e exige muita atenção. Mas o time é forte em todas as posições. Precisaremos marcar como nunca", falou o pivô Tiago Splitter.
O técnico da Grécia, Panyotis Yannakis, ressalta a atenção especial na marcação contra um time rápido como o brasileiro.
"Espero meu time focado, jogando com seriedade do primeiro ao último minuto de jogo, com grande respeito ao adversário", disse Yannakis à Folha. "Queremos pressionar tanto quanto possível já na quadra de defesa, para uma marcação mais eficaz", acrescentou.