São Paulo, segunda-feira, 16 de agosto de 2004

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POLIVALENTE

As gregas e o ET de Varginha

BARBARA GANCIA
COLUNISTA DA FOLHA

Minha prima cretina da ilha de Creta, Strava Gancia, manda notícias quentíssimas de Atenas. Ela acaba de descobrir que Irene Papas tem uma parente na Argentina, a Irene Papas Fritas.
Sobraram algumas perguntas sobre a cerimônia de abertura: será que a TV da Coréia do Norte exibiu a entrada das duas Coréias, com os atletas de cada uma de braços entrelaçados? O sinistro Kim Jong Il, ditador norte-coreano, que parece saído de filme de James Bond dos anos 60, terá engolido a cena?
Esperava-se que a cerimônia fosse primar pela simplicidade, que remetesse aos jogos da Antigüidade. Mas não, os gregos esbanjaram tecnologia. Foi a mais deslumbrante abertura que se tenha visto na TV. Mais plástica do que essa, só mesmo a de Barcelona-92. A única nota destoante foi a grávida com barrigão iluminado. O que era aquilo? Por acaso, as gregas antigas tinham o costume de transar com o ET de Varginha?
Em grego, Hélas é a Grécia. Mas, no "Aurélio", a palavra "hélas" é descrita como expressão de queixa, dor e saudade. Bem, por enquanto, o país não está fazendo jus ao nome.


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