|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Um ano após Pequim, Berlim testa Bolt
Exatos 12 meses após levar ouro olímpico, jamaicano tenta, no Mundial, obter único título de peso que lhe falta nos 100 m
Tyson Gay, vencedor da prova no último Mundial, em Osaka-2007, e Asafa Powell são os principais rivais do recordista mundial
JOSÉ EDUARDO MARTINS
ENVIADO ESPECIAL A BERLIM
Exatamente um ano depois
de assombrar o mundo com a
conquista da medalha de ouro
na Olimpíada de Pequim e de
quebrar o recorde mundial dos
100 m, Usain Bolt volta a passar
por um teste de fogo hoje no
Mundial de Berlim.
Para chegar ao inédito título,
o jamaicano terá, provavelmente, que superar seus maiores rivais: seu compatriota Asafa Powell e, principalmente, o
norte-americano Tyson Gay.
"Esta prova é muito importante para mim, porque, depois
que ganhei o ouro na Olimpíada, fiquei ainda mais exigente
em relação ao meu desempenho. Tenho de viver à altura do
que conquistei", afirmou Bolt,
que deve correr a final dos 100
m, hoje, às 16h35.
"Vai ser um novo desafio na
minha carreira, porque o Mundial é muito diferente da Olimpíada. Vou ter de correr com
outro estilo. Será bem interessante e estou ansioso para correr a final desta prova", disse
Bolt, o homem mais rápido do
mundo com a marca de 9s69.
Com o seu estilo irreverente,
o velocista já pensou até em
uma nova comemoração para a
vitória na prova de hoje.
"Com certeza, vocês poderão
ver uma dança nova. Estou esperando pela festa."
Ontem, na segunda bateria,
Bolt terminou a prova "sorrido" para o colega de raia Daniel
Bailey e fez apenas o suficiente
para se classificar. Cravou o
modesto tempo de 10s03.
Antes da final dos 100 m, no
entanto, os velocistas irão disputar a semifinal, às 14h10.
Entre os possíveis finalistas,
além de Bolt, os destaques ficam por conta de Tyson Gay,
27, e de Asafa Powell, 26.
"Não é uma briga para mim.
É uma corrida. Mas, se perguntar quem é o mais rápido, vou
dizer que sou eu", declarou
Bolt, sem falsa modéstia.
"Acho que o Gay também fará uma ótima corrida. Tenho
muito respeito por ele."
O norte-americano, por sua
vez, também demonstra confiança e já criou uma estratégia
própria para a final dos 100 m.
"Tenho o recorde mundial na
minha cabeça e sei que tenho
que estar bem à frente de Bolt
nos 30 primeiros metros, porque, quando ele arranca no final, é avassalador. Por isso estou trabalhando a minha largada para chegar forte."
Já o ex-recordista mundial
Asafa Powell está em má fase e
aparece como zebra.
O velocista chegou a ser cortado da delegação jamaicana
por não integrar o grupo que
fez o período de aclimatação,
mas foi aceito de volta após o
pedido da Iaaf, entidade que gerencia o atletismo mundial.
Apesar da expectativa, a possibilidade de quebra de recorde
não é grande, segundo o velocista brasileiro José Carlos Moreira, o Codó. Ele disputou ontem a primeira bateria dos 100
m ao lado de Bolt, terminou na
quinta colocação e acabou ficando fora da final.
"A pista é muito macia e dificulta na hora de você desenvolver velocidade", disse Codó.
NA TV - Mundial de atletismo
Sportv, a partir das 13h
Texto Anterior: Tostão: Ordeiros e desordeiros Próximo Texto: Perfil: Sisudo, Gay se diverte com galhofas de Bolt Índice
|