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PRANCHETA DO PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
Vai disparar!
O Fluminense é o melhor líder da história dos pontos
corridos após 14 rodadas,
único com 32 pontos e a
abrir quatro de vantagem.
Antes, a melhor campanha
era a do São Paulo de 2007,
também de Muricy, o campeão com maior antecedência, na 33ª rodada, ao vencer o América-RN por 3 a 0.
Como não chegamos ainda à metade, só há uma razão para desconfiar de que
o Flu pode transformar o
Brasileirão no torneio de um
time só: o Corinthians. Ontem, mais do que contra o
Flamengo, foi o time de Adilson Batista, com suas qualidade e seus defeitos.
Quando Adilson chegou,
o diretor de futebol Mário
Gobbi disse à comissão técnica que a melhor maneira
de ele ter sucesso seria evitar comparações com Mano
Menezes. Tem razão. Mesmo assim, é impossível não
comparar. Não se trata de
dizer quem é melhor, mas de
mostrar as diferenças.
O diagnóstico mais preciso no Parque São Jorge diz
respeito à maneira de pensar dos dois técnicos. Para
Mano, futebol é posicionamento. Para Adilson, agressividade. Com Ralf e Jucilei
na cabeça da área, talvez
Robinho não tivesse espaço
para fazer o passe a Davi,
autor do primeiro gol.
Mas, se Adilson não quisesse agressividade, Elias
não estaria na grande área
do Avaí, para incomodar os
zagueiros, enquanto Bruno
César fazia 1 a 1. Repare que
Elias virou meia, não joga
mais como volante.
O Corinthians de Adilson
se expõe mais. Bastava analisar a tabela para ver que o
Flu poderia disparar nesta,
como nas duas próximas rodadas. Pega Vasco, no Maracanã, e Goiás, em Goiânia. O Corinthians faz clássico com o São Paulo e enfrenta o Cruzeiro em Uberlândia. Para Adilson, disparar
agora não faz diferença:
"Importante é estar por perto. O Brasileiro se define entre setembro e outubro".
SALVAÇÃO NO FIM
Sem encantar, o São Paulo
de Sérgio Baresi fez bom primeiro tempo. Mas seria impossível lembrar disso sem o
gol, porque na segunda etapa
o Cruzeiro anunciou que viraria. Seu meio-campo foi mais
encorpado, trocou mais passes, empurrou o rival para a
defesa. À parte a escolha do
técnico efetivo-provisório, é
preciso refletir. Os jogadores
que o São Paulo tem para o
meio impedem que se forme
um time muito mais forte.
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