São Paulo, segunda-feira, 16 de agosto de 2010

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PRANCHETA DO PVC

PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br

Vai disparar!

O Fluminense é o melhor líder da história dos pontos corridos após 14 rodadas, único com 32 pontos e a abrir quatro de vantagem. Antes, a melhor campanha era a do São Paulo de 2007, também de Muricy, o campeão com maior antecedência, na 33ª rodada, ao vencer o América-RN por 3 a 0.
Como não chegamos ainda à metade, só há uma razão para desconfiar de que o Flu pode transformar o Brasileirão no torneio de um time só: o Corinthians. Ontem, mais do que contra o Flamengo, foi o time de Adilson Batista, com suas qualidade e seus defeitos.
Quando Adilson chegou, o diretor de futebol Mário Gobbi disse à comissão técnica que a melhor maneira de ele ter sucesso seria evitar comparações com Mano Menezes. Tem razão. Mesmo assim, é impossível não comparar. Não se trata de dizer quem é melhor, mas de mostrar as diferenças.
O diagnóstico mais preciso no Parque São Jorge diz respeito à maneira de pensar dos dois técnicos. Para Mano, futebol é posicionamento. Para Adilson, agressividade. Com Ralf e Jucilei na cabeça da área, talvez Robinho não tivesse espaço para fazer o passe a Davi, autor do primeiro gol.
Mas, se Adilson não quisesse agressividade, Elias não estaria na grande área do Avaí, para incomodar os zagueiros, enquanto Bruno César fazia 1 a 1. Repare que Elias virou meia, não joga mais como volante.
O Corinthians de Adilson se expõe mais. Bastava analisar a tabela para ver que o Flu poderia disparar nesta, como nas duas próximas rodadas. Pega Vasco, no Maracanã, e Goiás, em Goiânia. O Corinthians faz clássico com o São Paulo e enfrenta o Cruzeiro em Uberlândia. Para Adilson, disparar agora não faz diferença: "Importante é estar por perto. O Brasileiro se define entre setembro e outubro".

SALVAÇÃO NO FIM
Sem encantar, o São Paulo de Sérgio Baresi fez bom primeiro tempo. Mas seria impossível lembrar disso sem o gol, porque na segunda etapa o Cruzeiro anunciou que viraria. Seu meio-campo foi mais encorpado, trocou mais passes, empurrou o rival para a defesa. À parte a escolha do técnico efetivo-provisório, é preciso refletir. Os jogadores que o São Paulo tem para o meio impedem que se forme um time muito mais forte.


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