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Amadorismo marca a modalidade no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
O futebol feminino no Brasil está mergulhado no amadorismo.
Sem investimentos, as melhores
jogadoras brasileiras acabaram
migrando para os EUA, que possuem a hegemonia da modalidade e criaram neste ano a WUSA, a
liga mais forte do mundo.
Com a ausência das estrelas, as
competições se esvaziaram e perderam o pouco interesse que conquistaram após a quarta colocação da seleção brasileira na Olimpíada de Atlanta-96.
À época, despontaram Sissi, Kátia, Roseli e Pretinha. A Sports
Promotion e a FPF organizaram
um Campeonato Paulista da modalidade, em 1997.
O São Paulo, de Sissi, e o Corinthians, de Roseli, tornaram-se as
principais forças.
Com salários altos para a modalidade -Sissi, por exemplo, ganhava cerca de R$ 12 mil mensais- e retorno pífio, o futebol feminino brasileiro perdeu força.
Resultado: a maioria dos clubes
fechou suas equipes.
Apesar disso, a seleção conseguiu manter a competitividade
nos principais torneios.
Sob o comando do técnico Zé
Duarte, foi terceira colocada no
Mundial de 99, nos EUA, e repetiu
a quarta colocação nos Jogos de
Sydney-2000. Na Olimpíada, porém, o desempenho foi prejudicado por uma crise interna entre as
jogadoras e o treinador.
Neste ano, com uma equipe renovada e com novo treinador,
Marcello Fragellio, a seleção conquistou a medalha de ouro na
Universíade, em Pequim (CHI).
Atualmente, segundo a CBF,
existem no Brasil cerca de 400 mil
mulheres jogando futebol. Em
São Paulo, o Estado com mais
praticantes, só há 206 atletas federadas. E somente 10% delas são
profissionais.
Nos EUA, país onde o futebol é
mais difundido entre as mulheres,
são cerca de 12 milhões.
"Eu acho que o Brasil é muito
forte no futebol feminino, mas isso é muito mal trabalhado", afirma Magali Fernandes, treinadora
do Juventus (SP), que desde 1995
realiza um trabalho de base no
clube.
(EAR)
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