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FUTEBOL
Time paulista aproveita falhas da defesa rival e goleia a equipe de Romário, que agrediu companheiro, por 6 a 0
Sem Ricardinho, São Paulo humilha Flu
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem a presença de Ricardinho,
contundido, o São Paulo humilhou o Fluminense, goleando a
equipe carioca por 6 a 0. Com isso,
o time se recuperou de dois reveses seguidos, quando o ex-corintiano estava em campo, e chegou
aos 19 pontos na tabela.
O resultado obtido pela equipe
de Oswaldo de Oliveira foi a
maior goleada até agora no atual
Campeonato Brasileiro.
O Flu, por sua vez, sofreu sua segunda goleada sob o comando de
Renato Gaúcho como técnico -a
primeira foi na estréia do ex-jogador como treinador do time, uma
derrota de 5 a 2 para o Flamengo.
O São Paulo iniciou melhor a
partida e criou a primeira chance
do jogo. Kaká chutou de fora da
área, o goleiro Kléber rebateu mal
e por pouco não deixou os paulistas, no rebote, abrirem o placar.
Foi a primeira, mas não seria a
última falha da defesa carioca.
Mais tarde, após um erro cometido por Andrei, Romário foi tirar
satisfações com o zagueiro e chegou a lhe dar um empurrão no
rosto com as duas mãos.
Andrei, que não reagiu à agressão, falharia feio no primeiro gol
são-paulino. Aos 17min de jogo,
deixou a bola escapar, tocando
para Júlio Baptista. O meia, que
substituiu Ricardinho, contundido, não desperdiçou a oportunidade e, com um chute forte no
canto esquerdo do goleiro, fez 1 a
0 para a equipe de Oliveira.
A pressão do time do Morumbi
continuou e por pouco não gerou
o segundo gol, por intermédio de
Luís Fabiano, que, cara a cara com
Kléber, errou o chute.
A primeira chance do Fluminense surgiu apenas aos 27min,
num chute de Magno Alves, que
Rogério Ceni defendeu.
Dez minutos depois, o São Paulo só não fez 2 a 0 porque a arbitragem se equivocou. Kaká roubou a bola, cruzou rasteiro, ela
passou por Reinaldo, e Luís Fabiano tocou para o gol. Alegando
impedimento, o juiz anulou.
No minuto final da primeira
etapa, Kaká chutou na trave e, no
rebote, Luís Fabiano bateu mal, à
direita do gol de Kléber.
Para o segundo tempo, o panorama do jogo mudou um pouco.
Se o Fluminense já vinha mal,
piorou ainda mais na fase final.
Um dos motivos teria sido a "lavagem de roupa suja" no vestiário
devido à agressão de Romário em
Andrei. Apesar de o atacante ter
dito que se desculpou com o colega, o próprio Renato Gaúcho reconheceu que o time voltou ainda
mais desfigurado ao gramado.
Segundo ele, não importa se o
incidente foi gerado por um jogador do porte de Romário. O treinador vai estudar com a diretoria
uma possível punição para o atacante, depois de conversar com
ele e Andrei.
Romário, no entanto, deu a entender que a conversa pode nem
acontecer. Insinuou que o técnico
pode ser demitido ainda nesta semana. ""Levar de 6 a 0 é péssimo
para o currículo de qualquer treinador, ainda mais um que está
apenas começando seu trabalho."
No segundo tempo, aos 12min,
Luís Fabiano, que fez uma boa
partida, tocou para o meio da área
e Kaká, de primeira, chutou no
canto esquerdo do goleiro, marcando o segundo gol são-paulino.
O terceiro poderia ter saído cinco minutos depois, quando Reinaldo, ao tentar driblar o goleiro
do Flu, foi derrubado por César. O
zagueiro foi expulso, mas o gol
não saiu. Reinaldo, de forma bisonha, bateu mal o pênalti, chutando por cima do travessão.
Aos 25min, no entanto, a defesa
carioca não conseguiu evitar o
terceiro gol são-paulino. Após cobrança de escanteio, Jean cabeceou, Kléber rebateu, e Régis,
quase deitado, apenas tocou para
o gol, fazendo 3 a 0.
Apesar da vantagem no marcador, os paulistas continuaram
atacando e criando uma chance
após a outra. Aos 35min, Júlio
Baptista chutou na trave. Dois minutos mais tarde, a defesa do Flu
errou de maneira grotesca na saída da bola e ela acabou sobrando
para Leandro, que entrara em lugar de Kaká, anotar 4 a 0.
O quinto gol saiu aos 41min.
Luís Fabiano recebeu cruzamento
da direita do ataque são-paulino e
chutou para marcar. Aos 45min, o
mesmo Luís Fabiano recebeu livre diante de Kléber e fez 6 a 0,
saindo aplaudido de campo. ""O
time inteiro está de parabéns.
Mesmo sem o Ricardinho, o São
Paulo tem muita força", afirmou.
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