São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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Equipe que revelou Dodô atrai garotos

DA REPORTAGEM LOCAL

Bruno Thomaz tem 14 anos e uma idéia fixa: jogar como zagueiro em um grande clube.
"Eu acho mais legal que ser atacante", comenta o garoto.
Mesmo com tantos problemas financeiros e de estrutura, o Nacional não deixa de atrair garotos das mais variadas idades que sonham em ser jogadores profissionais de futebol.
E a busca aumenta principalmente nos primeiros meses do ano, após a disputa da Taça São Paulo de Juniores. "Nessa época chegamos a receber até 50 meninos por dia", declara o diretor de futebol Oreste Novelli.
Assim como os outros 15 garotos que participaram da peneira para os times mirim e infantil do Nacional na tarde em que a Folha esteve no clube, Bruno repete o mesmo caminho que já foi feito pelo atacante botafoguense Dodô e por Deco, meia do Barcelona.
Entra no vestiário, coloca chuteira, calção e camisa. E vê, com os olhos brilhando, os jogadores que já foram selecionados para a equipe infantil passarem na sua frente com o uniforme azul do clube.
Na hora do teste, a ansiedade. Mas ele só entra na segunda metade da peneira.
O campo de terra, molhado pela chuva que caía, era pequeno para tanta vontade. E Bruno entra para jogar na zaga.
Corre, marca, se esforça. Salta para dividir de cabeça com o adversário. Tudo em vão.
Bruno tem só 1,50 m e briga contra garotos bem maiores. "Não dá para esse menino ser zagueiro. Mas vai falar isso para ele... Pôs na ficha, vai entrar de zagueiro", diz Edie Carlos, coordenador dos times de base.
No fim da seleção, Bruno é o último a receber seu resultado. É o único reprovado no teste.
Cabisbaixo, o menino que já foi zagueiro da Caldense (MG) deixa o campo. Mas não o sonho. Engole o choro e diz: "Não tem problema. Vou tentar ser zagueiro em outro time".0 (JT)

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