|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Equipe que revelou Dodô atrai garotos
DA REPORTAGEM LOCAL
Bruno Thomaz tem 14 anos e
uma idéia fixa: jogar como zagueiro em um grande clube.
"Eu acho mais legal que ser
atacante", comenta o garoto.
Mesmo com tantos problemas financeiros e de estrutura,
o Nacional não deixa de atrair
garotos das mais variadas idades que sonham em ser jogadores profissionais de futebol.
E a busca aumenta principalmente nos primeiros meses do
ano, após a disputa da Taça São
Paulo de Juniores. "Nessa época chegamos a receber até 50
meninos por dia", declara o diretor de futebol Oreste Novelli.
Assim como os outros 15 garotos que participaram da peneira para os times mirim e infantil do Nacional na tarde em que a Folha esteve no clube,
Bruno repete o mesmo caminho que já foi feito pelo atacante botafoguense Dodô e por
Deco, meia do Barcelona.
Entra no vestiário, coloca
chuteira, calção e camisa. E vê,
com os olhos brilhando, os jogadores que já foram selecionados para a equipe infantil
passarem na sua frente com o
uniforme azul do clube.
Na hora do teste, a ansiedade. Mas ele só entra na segunda
metade da peneira.
O campo de terra, molhado
pela chuva que caía, era pequeno para tanta vontade. E Bruno
entra para jogar na zaga.
Corre, marca, se esforça. Salta para dividir de cabeça com o
adversário. Tudo em vão.
Bruno tem só 1,50 m e briga
contra garotos bem maiores.
"Não dá para esse menino ser
zagueiro. Mas vai falar isso para ele... Pôs na ficha, vai entrar
de zagueiro", diz Edie Carlos,
coordenador dos times de base.
No fim da seleção, Bruno é o
último a receber seu resultado.
É o único reprovado no teste.
Cabisbaixo, o menino que já
foi zagueiro da Caldense (MG)
deixa o campo. Mas não o sonho. Engole o choro e diz: "Não
tem problema. Vou tentar ser
zagueiro em outro time".0
(JT)
Texto Anterior: De lei em lei, Nacional se complica e agoniza Próximo Texto: Patrocínio: Cerveja muda cara de estádio Índice
|