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nova realidade
Brasil muda de cara na elite européia
Fora da disputa, Kaká, Robinho e Ronaldinho assistirão pela TV a conterrâneos menos famosos na Copa dos Campeões
Número de brasileiros na badalada liga diminui, e, sem as maiores estrelas do país em campo, Luiz Felipe Scolari cresce como atração
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
A crise vivida hoje pelo futebol brasileiro chegou à Copa
dos Campeões. O mais badalado torneio interclubes do planeta assiste a partir de hoje,
quando começa a sua fase de
grupos, a um Brasil diferente.
Serão menos representantes
do país do que na temporada
passada e jogadores menos cultuados na maior vitrine da bola
no velho continente.
O principal astro ""brazuca"
nos gramados europeus é um
treinador: Luiz Felipe Scolari,
que terá a chance no Chelsea de
se tornar o primeiro técnico
não europeu a conquistar o troféu mais desejado pelos mais
endinheirados clubes.
Para o início da fase de grupos da edição passada, estavam
inscritos, segundo o site da Uefa, mais de cem jogadores nascidos no Brasil -alguns têm
passaporte europeu e até defendem outras seleções, como é
o caso de Deco, de Portugal.
Neste ano, são ""só" 80 jogadores brasileiros inscritos, uma
queda em quantidade que muda a curva ascendente dos últimos anos. Mais que isso, percebe-se a perda de qualidade em
termos de atletas do país. Além
das ausências de Kaká, Robinho e Ronaldinho, os jogadores
mais badalados da seleção, outros atletas que freqüentam a
equipe de Dunga estão fora da
Copa dos Campeões 2008/09.
Luis Fabiano, artilheiro do
Sevilla que tem conquistado espaço no comando do ataque da
seleção, é um dos que só verão a
badalada liga pela televisão.
Boa parte dessa baixa brasileira se deve à queda do Milan,
atual campeão mundial de clubes. A equipe não conseguiu ficar entre os quatro primeiros
colocados do último Italiano e
não repetiu o título continental
da temporada retrasada.
Ronaldinho trocou o Barcelona pelo Milan e jogará a Copa
da Uefa, o segundo interclubes
em importância na Europa.
Robinho, no último dia da janela de transferências da Europa, trocou o Real Madrid, maior
vencedor da Copa dos Campeões (nove taças) e atual bicampeão espanhol, pelo Manchester City. Fora da mais badalada liga, ele deve ver seu
projeto pessoal de ser o melhor
jogador do mundo ser adiado.
O Chelsea de Scolari estréia
hoje em casa, contra o Bordeaux, pelo Grupo A. ""É uma
competição idêntica à Libertadores, com muitas equipes de
qualidade. Com uma potencialidade de clubes maior que a
competição sul-americana, e
com maiores dificuldades para
chegar à final", afirma Scolari.
O Chelsea é o atual vice-campeão. Perdeu a última decisão
para o Manchester United nos
pênaltis, em Moscou, na primeira final entre times ingleses. ""Temos sete ou oito países
com times com grandes chances de ir à final. Na Libertadores, temos dois ou três países
no máximo que vão à final", diz
Scolari, que ainda não perdeu
no tempo normal no Chelsea.
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