São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2008

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nova realidade

Brasil muda de cara na elite européia

Fora da disputa, Kaká, Robinho e Ronaldinho assistirão pela TV a conterrâneos menos famosos na Copa dos Campeões

Número de brasileiros na badalada liga diminui, e, sem as maiores estrelas do país em campo, Luiz Felipe Scolari cresce como atração


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A crise vivida hoje pelo futebol brasileiro chegou à Copa dos Campeões. O mais badalado torneio interclubes do planeta assiste a partir de hoje, quando começa a sua fase de grupos, a um Brasil diferente.
Serão menos representantes do país do que na temporada passada e jogadores menos cultuados na maior vitrine da bola no velho continente.
O principal astro ""brazuca" nos gramados europeus é um treinador: Luiz Felipe Scolari, que terá a chance no Chelsea de se tornar o primeiro técnico não europeu a conquistar o troféu mais desejado pelos mais endinheirados clubes.
Para o início da fase de grupos da edição passada, estavam inscritos, segundo o site da Uefa, mais de cem jogadores nascidos no Brasil -alguns têm passaporte europeu e até defendem outras seleções, como é o caso de Deco, de Portugal.
Neste ano, são ""só" 80 jogadores brasileiros inscritos, uma queda em quantidade que muda a curva ascendente dos últimos anos. Mais que isso, percebe-se a perda de qualidade em termos de atletas do país. Além das ausências de Kaká, Robinho e Ronaldinho, os jogadores mais badalados da seleção, outros atletas que freqüentam a equipe de Dunga estão fora da Copa dos Campeões 2008/09.
Luis Fabiano, artilheiro do Sevilla que tem conquistado espaço no comando do ataque da seleção, é um dos que só verão a badalada liga pela televisão.
Boa parte dessa baixa brasileira se deve à queda do Milan, atual campeão mundial de clubes. A equipe não conseguiu ficar entre os quatro primeiros colocados do último Italiano e não repetiu o título continental da temporada retrasada.
Ronaldinho trocou o Barcelona pelo Milan e jogará a Copa da Uefa, o segundo interclubes em importância na Europa.
Robinho, no último dia da janela de transferências da Europa, trocou o Real Madrid, maior vencedor da Copa dos Campeões (nove taças) e atual bicampeão espanhol, pelo Manchester City. Fora da mais badalada liga, ele deve ver seu projeto pessoal de ser o melhor jogador do mundo ser adiado.
O Chelsea de Scolari estréia hoje em casa, contra o Bordeaux, pelo Grupo A. ""É uma competição idêntica à Libertadores, com muitas equipes de qualidade. Com uma potencialidade de clubes maior que a competição sul-americana, e com maiores dificuldades para chegar à final", afirma Scolari.
O Chelsea é o atual vice-campeão. Perdeu a última decisão para o Manchester United nos pênaltis, em Moscou, na primeira final entre times ingleses. ""Temos sete ou oito países com times com grandes chances de ir à final. Na Libertadores, temos dois ou três países no máximo que vão à final", diz Scolari, que ainda não perdeu no tempo normal no Chelsea.


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