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AUTOMOBILISMO
FIA reabilita corrida sem cigarro e ratifica a nova classificação
Canadá volta ao calendário da F-1
DA REPORTAGEM LOCAL
O Conselho Mundial da FIA
abandonou ontem sua militância
pela propaganda de cigarros e
readmitiu o GP do Canadá no calendário da F-1. Na categoria desde 1967, a corrida havia sido retirada da temporada 2004 por conta da legislação local, que passou a
proibir a publicidade tabagista.
Em agosto, Normand Legault,
organizador da prova, recebeu a
notícia de Bernie Ecclestone. Iniciou, então, forte lobby perante as
equipes. O principal argumento
foi a proximidade de Montréal
com os EUA, mercado prioritário
para montadoras e empresas envolvidas com a categoria.
Funcionou. Ficou acertada uma
contrapartida para os times que
ainda correm com marcas de cigarro -os promotores terão que
providenciar uma compensação
financeira para McLaren, Ferrari,
Jordan, BAR e Renault.
Em disputa com a União Européia, que antecipou de outubro de
2006 para 2005 o banimento total
do cigarro vinculado ao esporte, a
FIA ameaçou e cancelou GPs nos
últimos anos. A Bélgica, por
exemplo, perdeu sua corrida nesta temporada e só voltou ao calendário após alterar sua legislação.
Outro episódio polêmico, a última edição do GP Brasil foi garantida na véspera do evento por
uma medida provisória do governo brasileiro, que adiou para 2005
a proibição de propaganda de cigarro em eventos esportivos.
Bastante criticado, o texto viabilizou a permanência de Interlagos
no calendário, mas obrigou a TV
a veicular chamadas de advertência do Ministério da Saúde durante as transmissões, algo inédito.
Com a etapa canadense, o Mundial de 2004 terá 18 etapas, um recorde. O GP de San Marino voltou
a abrir a temporada européia, em
abril, e ficou confirmado o Brasil
como prova de encerramento.
O intenso calendário foi compensado com uma simplificação
da programação oficial dos fins de
semana de corrida, ratificada ontem em Paris. As sextas-feiras terão apenas treinos livres, e os sábados passam a contar com duas
rodadas de voltas lançadas para a
definição do grid de largada.
Quem parar na pista na primeira parte não poderá realizar a segunda, aumentando a chance de
surpresas. Na segunda parte, os
carros partirão com pneus e combustível que serão utilizados na
corrida, como nesta temporada.
Ainda na sexta, as últimas seis
equipes do último Mundial
-BAR, Sauber, Jaguar, Toyota,
Jordan e Minardi- terão direito
de colocar um terceiro carro.
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