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CIDA SANTOS
@ Cida Santos
Pé na estrada
O Brasil vai para o Mundial como um dos favoritos ao título; as outras duas grandes seleções são China e Rússia
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A SELEÇÃO feminina de vôlei já
está com o pé na estrada para
o Mundial do Japão. Amanhã
e quarta-feira, faz dois amistosos na
Alemanha contra a seleção da casa.
Para quem gosta de contas, pode
anotar: faltam 16 dias para a estréia
no Mundial, diante de Porto Rico.
A última semana não foi fácil para
o time. Na quinta-feira, foi anunciado o último corte no grupo. Paula
Pequeno ganhou a disputa com Valeskinha pela quarta vaga como ponteira. Valeskinha, que era central,
ainda estava se adaptando à posição.
Paula, a melhor ponteira do país,
vem de uma gravidez.
A escolha foi a mais sensata e a
mais dolorida. Valeskinha é uma das
mais queridas do grupo. Em 2005,
foi indicada, por votação direta das
atletas, a capitã do time. Neste ano,
com o seu deslocamento para a ponta, perdeu a posição de titular e, depois, o posto de capitã para Fofão.
O futuro da Valeskinha foi traçado
na fase final do Grand Prix, quando
Mari sofreu distensão muscular no
abdômen. Restaram três ponteiras:
Sassá, Jaqueline e Valeskinha. As
duas primeiras foram titulares e
surgiu então um temor geral: se uma
delas não jogar bem, será que Valeskinha segura a onda?
A partir daí, ficou claro que para
um Mundial o Brasil teria que ir com
sua força máxima e, para isso, precisaria de uma ponteira mais experiente do que Valeskinha. A dúvida
era se Paula, que foi mãe em junho,
acompanharia o ritmo do grupo.
Nas quatro últimas semanas, ela
treinou bem e ganhou a vaga.
Não dá para questionar o time, o
melhor que se pode montar hoje. No
levantamento, Fofão e Carol. No
meio, três torres: Walewska (1,90
m), Fabiana (1,93 m) e Carol Gattaz
(1,92 m). Na ponta, Mari, Paula, Sassá e Jaqueline. A líbero Fabi e as
opostos Sheilla e Renatinha.
O Brasil vai para o Mundial como
um dos favoritos ao título. As outras
duas grandes seleções são China,
atual campeã olímpica, e Rússia. E
um pouco abaixo vêm Itália, atual
campeã mundial, e Cuba, com uma
equipe um tanto renovada e com um
saque capaz de derrubar favoritos.
A novidade na Rússia são as três
principais atacantes no time titular:
Gamova, Godina e Sokolova. Até o
Grand Prix, Godina era banco. A
China pode ter a volta da central
Ruirui Zhao, 1,96 m. Na Itália, com o
novo técnico, Massimo Barbolini,
acabou o clima de guerra entre atletas e comissão técnica.
José Roberto Guimarães ainda faz
mistério sobre as ponteiras titulares. A base deverá ser Fofão e Sheilla; no meio, Walewska e Fabiana; e,
se as duas estiverem bem, o meu time ideal seria com Mari e Paula Pequeno nas pontas. Vale lembrar que
Sassá e Jaqueline foram bem no GP.
Para encerrar, uma notinha da seleção masculina. O time, comandado pelo técnico Bernardinho, começa a treinar amanhã em Saquarema
para lutar pelo bicampeonato mundial, no Japão. A estréia do Brasil será em 17 de novembro, contra Cuba.
PACTO DE PAZ
A seleção masculina italiana inicia amanhã os treinos para o Mundial. O time fez um pacto de paz: alguns jogadores tinham pedido a
saída do técnico Montali. Ele continuou e convocou 15 atletas para os
treinos, inclusive o ponteiro Papi,
um dos seus maiores críticos.
EUROPEU
O Panathinaikos, do técnico Chico dos Santos, é o dono da bola na
Liga dos Campeões. Em três rodadas, o time, de Dante e Marcelinho,
não perdeu sets. A última vitória foi
sobre o Cuneo, do ponteiro Giba.
ITALIANO
O Modena, de Ricardinho e Murilo, pega hoje o líder invicto Perugia no jogo que fecha a sétima rodada do campeonato. O torneio dará
uma parada por causa do Mundial e
só volta no dia 10 de dezembro.
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