São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CIDA SANTOS

@ Cida Santos

Pé na estrada


O Brasil vai para o Mundial como um dos favoritos ao título; as outras duas grandes seleções são China e Rússia

A SELEÇÃO feminina de vôlei já está com o pé na estrada para o Mundial do Japão. Amanhã e quarta-feira, faz dois amistosos na Alemanha contra a seleção da casa.
Para quem gosta de contas, pode anotar: faltam 16 dias para a estréia no Mundial, diante de Porto Rico.
A última semana não foi fácil para o time. Na quinta-feira, foi anunciado o último corte no grupo. Paula Pequeno ganhou a disputa com Valeskinha pela quarta vaga como ponteira. Valeskinha, que era central, ainda estava se adaptando à posição.
Paula, a melhor ponteira do país, vem de uma gravidez.
A escolha foi a mais sensata e a mais dolorida. Valeskinha é uma das mais queridas do grupo. Em 2005, foi indicada, por votação direta das atletas, a capitã do time. Neste ano, com o seu deslocamento para a ponta, perdeu a posição de titular e, depois, o posto de capitã para Fofão.
O futuro da Valeskinha foi traçado na fase final do Grand Prix, quando Mari sofreu distensão muscular no abdômen. Restaram três ponteiras: Sassá, Jaqueline e Valeskinha. As duas primeiras foram titulares e surgiu então um temor geral: se uma delas não jogar bem, será que Valeskinha segura a onda? A partir daí, ficou claro que para um Mundial o Brasil teria que ir com sua força máxima e, para isso, precisaria de uma ponteira mais experiente do que Valeskinha. A dúvida era se Paula, que foi mãe em junho, acompanharia o ritmo do grupo.
Nas quatro últimas semanas, ela treinou bem e ganhou a vaga.
Não dá para questionar o time, o melhor que se pode montar hoje. No levantamento, Fofão e Carol. No meio, três torres: Walewska (1,90 m), Fabiana (1,93 m) e Carol Gattaz (1,92 m). Na ponta, Mari, Paula, Sassá e Jaqueline. A líbero Fabi e as opostos Sheilla e Renatinha.
O Brasil vai para o Mundial como um dos favoritos ao título. As outras duas grandes seleções são China, atual campeã olímpica, e Rússia. E um pouco abaixo vêm Itália, atual campeã mundial, e Cuba, com uma equipe um tanto renovada e com um saque capaz de derrubar favoritos.
A novidade na Rússia são as três principais atacantes no time titular: Gamova, Godina e Sokolova. Até o Grand Prix, Godina era banco. A China pode ter a volta da central Ruirui Zhao, 1,96 m. Na Itália, com o novo técnico, Massimo Barbolini, acabou o clima de guerra entre atletas e comissão técnica. José Roberto Guimarães ainda faz mistério sobre as ponteiras titulares. A base deverá ser Fofão e Sheilla; no meio, Walewska e Fabiana; e, se as duas estiverem bem, o meu time ideal seria com Mari e Paula Pequeno nas pontas. Vale lembrar que Sassá e Jaqueline foram bem no GP. Para encerrar, uma notinha da seleção masculina. O time, comandado pelo técnico Bernardinho, começa a treinar amanhã em Saquarema para lutar pelo bicampeonato mundial, no Japão. A estréia do Brasil será em 17 de novembro, contra Cuba.

PACTO DE PAZ
A seleção masculina italiana inicia amanhã os treinos para o Mundial. O time fez um pacto de paz: alguns jogadores tinham pedido a saída do técnico Montali. Ele continuou e convocou 15 atletas para os treinos, inclusive o ponteiro Papi, um dos seus maiores críticos.

EUROPEU
O Panathinaikos, do técnico Chico dos Santos, é o dono da bola na Liga dos Campeões. Em três rodadas, o time, de Dante e Marcelinho, não perdeu sets. A última vitória foi sobre o Cuneo, do ponteiro Giba.

ITALIANO
O Modena, de Ricardinho e Murilo, pega hoje o líder invicto Perugia no jogo que fecha a sétima rodada do campeonato. O torneio dará uma parada por causa do Mundial e só volta no dia 10 de dezembro.


Texto Anterior: Espanha: Barcelona vence com 2 gols de Ronaldinho
Próximo Texto: Seleção feminina luta por projeto de uma década
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.