São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008 |
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FUTEBOL Adeus Senegal! Olá Burkina Fasso?
RODRIGO BUENO DA REPORTAGEM LOCAL FORAM TANTOS jogos mundo afora nos últimos dias pelas eliminatórias do Mundial de 2010 que a gente meio se perde. O cenário está bem adiantado em alguns continentes e, mesmo naqueles que mais atraem, Europa e América do Sul, a situação está bem clara para muitos países. Num breve e honesto exercício de futurologia, metade dos participantes da Copa da África do Sul já é conhecida. As vitórias de ontem de Alemanha, Espanha, Holanda, Inglaterra, Itália e Rússia deixam essas equipes em ótimas condições. O único problema nessas barbadas européias é que alemães e russos estão no mesmo Grupo 4 e apenas o ""campeão" da chave ganha vaga direta na Copa. Porém o segundo desse grupo, seja a Alemanha (que jamais ficou fora de Mundial quando entrou na disputa) ou a Rússia (contando com a fase exuberante de Arshavin e Zhirkov e a estrela e a prancheta de Guus Hiddink), será força destacada nos playoffs da Uefa com vices de chaves. Não que a Itália de Marcello Lippi e a Holanda de Bert van Marwijk estejam praticando futebol brilhante (penaram ontem), mas nadam de braçadas em suas chaves. A Inglaterra de Gerrard, Lampard, Rooney, Ferdinand... pode ficar fora de uma Eurocopa, mas, com esses caras e Fabio Capello, no way. O English Team vai chegar enfim a uma Copa para brigar de fato pela nobre taça. Mesmo após os tropeços de ontem de Argentina e Brasil (o que o coração de Torero revelou anteontem o meu já sente há 20 anos...), o mundo sabe que os dois estão garantidos (não é uma descoberta dos últimos dias). O Paraguai, com suas limitações e sua consistência recente, também já garantiu o seu tíquete. Na Concacaf, o México perdeu da Jamaica. Não foi a primeira vez e não será isso que irá tirar a seleção tricolor da Copa. Nem Sven-Göran Eriksson conseguirá essa façanha. Vai penar, talvez ser demitido, e o México estará lá, possivelmente depois dos EUA no hexagonal final da região. Na Ásia, quem diria, só há um time 100% na quarta fase: a Austrália, uma novata no pedaço que aplicou ontem sonoro 4 a 0 no Qatar, país cuja liga esbanja no momento. Tirando os australianos, qualquer coisa pode acontecer no Oriente, só não dá para imaginar o campeão da Oceania (Nova Zelândia) na Copa. Faltou a África, continente que tem definições importantes. Angola e Senegal, mundialistas recentes, estão fora da fase final. Acabou também para a República Democrática do Congo (o Zaire do Mundial-74). Camarões, Costa do Marfim, Egito, Gana e Nigéria são cabeças-de-chave e favoritos na fase final. Uma possível ""zebra"? Burkina Fasso, do técnico português Paulo Duarte e dos ""craques" Kabore e Pitroipa. O time faz grande campanha e já assustou Gana no outro qualificatório. A África do Sul? É país-sede, e só. rbueno@folhasp.com.br Texto Anterior: Desfalque: Sem "brigão", Itália pega Espanha Próximo Texto: Juca Kfouri: Um 0 a 0 pornográfico Índice |
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