São Paulo, domingo, 16 de outubro de 2011

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No Senado, Perrella vê Cruzeiro ruir

Série a Parlamentar observa de longe crise na equipe que preside

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

Presidente de direito do Cruzeiro, mas afastado do comando do clube desde o primeiro semestre, o senador Zezé Perrella (PDT) vê o time ameaçado de cair à série B.
Com 31 pontos, o clube mineiro é o primeiro time fora da zona de rebaixamento.
Perrella diz que esse é o pior Cruzeiro em 17 anos sob seu comando e que um eventual rebaixamento "jogará por terra" o trabalho com 24 títulos conquistados, sendo uma Libertadores, um Brasileiro e três Copas do Brasil.
Perrella diz não acreditar que a equipe chegou a esse nível por causa da venda de titulares como o zagueiro Gil, o volante Henrique e o atacante Tiago Ribeiro.
E também não acha que o problema tenha sido seu afastamento do comando do clube -ele fez isso não só por ter se tornado senador, mas por ter decidido não mais se reeleger após receber xingamentos de parte dos torcedores.
Perrella declarou à Folha que não quer acreditar que o motivo do fracasso de agora seja o seu afastamento.
"Eu sempre tive presença forte mesmo, mas não sei até que ponto o afastamento pode ter influenciado", diz.
"Espero que não, porque, se for verdade, estamos roubados. Se for verdade, é muito preocupante, porque estou saindo em definitivo e não me julgo imprescindível."
Os motivos mais prováveis, para ele, são as muitas contusões de jogadores importantes e a falta de um estádio para o time jogar em Belo Horizonte, já que o Mineirão está em reforma para a Copa.
"Alguns jogadores estão voltando de contusão, e acho que eles vão ajudar o Cruzeiro a sair dessa", afirma.
O prejuízo técnico e financeiro com a falta do estádio levou Perrella a articular com Atlético-MG e América-MG -ambos na zona de rebaixamento- patrocínio financeiro com o governo mineiro.
Perrella dá como fechada a negociação, restando ao Estado de Minas escolher qual estatal será a patrocinadora.
Cruzeiro e Atlético receberiam cada um R$ 9,9 milhões no ano. O valor para o América seria menor. Em troca, os times estampariam no uniforme a marca da estatal.
O governo disse que o acordo não foi fechado ainda, mas que "está estudando se há alguma alternativa" aos clubes.


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