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Título dividiu
ano em dois
da Reportagem Local
Até ganhar o título do
Aberto da França, em junho, Gustavo Kuerten tinha
um tipo de problema.
Longe do topo do ranking
(oscilando da 66ª à 88ª posição), se submetia a torneios
qualificatórios para jogar
alguns dos mais importantes torneios do circuito.
Mesmo no saibro de Roland Garros, onde hoje é
rei, teve de passar pelo qualifying em 96 para ficar entre os 128 da chave principal. Ganhou três jogos, caiu
na primeira rodada, porém.
Mas, depois de bater, nos
sete jogos em Roland Garros neste ano, 5 tenistas entre os 25 melhores do mundo, veio outro desafio:
adaptar-se a outros tipos de
quadra para ficar no topo.
As razões
Antes de reinar no saibro,
um dos caminhos possíveis
fora dos torneios qualificatórios era optar por torneios menores, menos badalados, mais pobres.
Priorizava, dentro das
possibilidades, os torneios
no saibro, tipo de quadra
comum no Brasil e, por
conta disso, onde tinha
mais familiaridade.
Classificados quatro tipos
de piso (grama, saibro, cimento e carpete), Kuerten
jogou no saibro 66,4% das
partidas em sua carreira.
O percentual de vitórias
em sua carreira, de 62,2%,
sobe para 66,7%, se computadas só as no saibro.
Os desafios
No segundo semestre, já
rico e famoso, Kuerten não
precisava mais se submeter
aos qualificatórios. Não
disputou nenhum. Era
bem-vindo em qualquer
torneio, em qualquer piso.
Kuerten, então, deixou os
torneios no saibro que pipocam pela América do Sul
para experimentar a grama
e o carpete na Europa.
Aí, quando novos torcedores e mídia miravam suas
raquetadas em tempo integral, perdeu vários jogos.
Na grama, debutante,
perdeu os dois que disputou. No carpete, ganhou
três, mas caiu fora de cinco
torneios, derrotado.
Por fim, ficou fora da Copa, mas diz ter alcançado o
objetivo: adaptar-se aos novos pisos.
(RÉGIS ANDAKU)
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