São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 2008

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Arbitragem demonstra preocupação

DA REPORTAGEM LOCAL

A arbitragem parece ser o primeiro setor, após a própria Confederação Brasileira de Basquete, preocupado com o maior poder conquistado pelos clubes na organização do torneio nacional.
Questionados pela Folha, dois dos principais juízes do país, que preferiram não se identificar, disseram que os dirigentes das equipes terão a chance de exercer maior pressão sobre suas atuações.
Na avaliação deles, com o poder de gerenciar o Nacional, os cartolas tentarão até vetar profissionais para apitar suas partidas. Também temem que juízes mais novos queiram "fazer uma média" com algumas equipes.
Para o coordenador de arbitragem da CBB, Geraldo Miguel Fontana, porém, não há motivo para preocupação.
"A confederação continuará comandando a escala. Todas as partidas serão gravadas, e os profissionais serão avaliados por nós", afirma.
No entanto, o poder da CBB, também nessa área, será limitado. A partir do Nacional de 2009, os clubes terão seu próprio setor de arbitragem, comandado pelo ex-juiz Antônio Carlos Affini, que irá exercer trabalho paralelamente ao de Fontana.
Além de cuidar da parte logística (viagem e hospedagem dos profissionais), Affini estudará o desempenho dos juízes e, caso julgue pertinente, encaminhará reclamações dos clubes à CBB.
"Com o tempo isso [pressão sobre a arbitragem] vai ser depurado. Temos na liga pessoas com visão empreendedora", acredita Fontana.
Ao menos o dirigente poderá contar, no próximo Nacional, com todos os profissionais em atividade no país.
Em outubro, o presidente da federação paulista, Toni Chakmati, alegando desrespeito a São Paulo, proibiu os árbitros do Estado de apitarem no Nacional feminino.
Chakmati, rompido com o mandatário da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, é candidato a presidente da confederação. A eleição será em maio do ano que vem. (ALF)


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