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Arbitragem
demonstra
preocupação
DA REPORTAGEM LOCAL
A arbitragem parece ser o
primeiro setor, após a própria Confederação Brasileira
de Basquete, preocupado
com o maior poder conquistado pelos clubes na organização do torneio nacional.
Questionados pela Folha,
dois dos principais juízes do
país, que preferiram não se
identificar, disseram que os
dirigentes das equipes terão
a chance de exercer maior
pressão sobre suas atuações.
Na avaliação deles, com o
poder de gerenciar o Nacional, os cartolas tentarão até
vetar profissionais para apitar suas partidas. Também
temem que juízes mais novos queiram "fazer uma média" com algumas equipes.
Para o coordenador de arbitragem da CBB, Geraldo
Miguel Fontana, porém, não
há motivo para preocupação.
"A confederação continuará comandando a escala. Todas as partidas serão gravadas, e os profissionais serão
avaliados por nós", afirma.
No entanto, o poder da
CBB, também nessa área, será limitado. A partir do Nacional de 2009, os clubes terão seu próprio setor de arbitragem, comandado pelo ex-juiz Antônio Carlos Affini,
que irá exercer trabalho paralelamente ao de Fontana.
Além de cuidar da parte logística (viagem e hospedagem dos profissionais), Affini estudará o desempenho
dos juízes e, caso julgue pertinente, encaminhará reclamações dos clubes à CBB.
"Com o tempo isso [pressão sobre a arbitragem] vai
ser depurado. Temos na liga
pessoas com visão empreendedora", acredita Fontana.
Ao menos o dirigente poderá contar, no próximo Nacional, com todos os profissionais em atividade no país.
Em outubro, o presidente
da federação paulista, Toni
Chakmati, alegando desrespeito a São Paulo, proibiu os
árbitros do Estado de apitarem no Nacional feminino.
Chakmati, rompido com o
mandatário da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, é candidato a presidente da confederação. A eleição será em
maio do ano que vem.
(ALF)
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