São Paulo, sábado, 17 de janeiro de 2004

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PAINEL FC

Presente de R$ 1 mi
Depois de tomar posse, Ricardo Teixeira presenteou cada uma das 27 federações estaduais com um cheque de R$ 47.645,99. O mimo é referente, segundo a CBF, ao dinheiro arrecadado com a venda do prédio da rua da Alfândega -que totalizaria R$ 1.286.441,73 líquidos.

Pires na mão
Os cartolas agradeceram entusiasmados. Em grave situação financeira, não titubearam. Teixeira afirmou a cada um deles que estava cumprindo promessa feita no ano passado, a de que distribuiria o dinheiro da venda da antiga sede.

Tudo em paz
Teixeira acabou com o último foco rebelde entre as federações. No almoço de confraternização no Itanhangá Golf Club, o pernambucano Carlos Alberto de Oliveira, candidato derrotado nas eleições, trocava efusivos abraços com o presidente da CBF. "Foi lindo", descreveu Emídio Perondi, novo vice da entidade para a região Sul.

Soneca
Depois das pazes, Oliveira e sua mulher foram para o hotel. No fim da tarde, o presidente da Federação Pernambucana se preparava para a festa de ontem à noite, em que receberia a comenda Dr. João Havelange.

Até 2020?
Nicolás Leoz, presidente da Conmebol, estava ontem na festa de aniversário de seu filho mais jovem quando tocou o celular. Era Nabi, que falava direto da posse de Ricardo Teixeira. O presidente da CBF parabenizou o papai Leoz, que parabenizou Teixeira com uma pergunta: "Ouvi dizer que você foi reeleito aí até 2020?".

Bola cheia
Fernando Sarney representará a CBF no Conselho Nacional do Esporte. Filho do peemedebista José Sarney, o novo vice para a região Norte foi o único elogiado por Teixeira em seu discurso de posse, pelo seu "grande trabalho em Brasília".

Peixe fora d'água
Dos presidentes de clubes do Rio, apenas o botafoguense Bebeto de Freitas, antigo opositor de Teixeira, prestigiou o evento ontem na CBF. O Flu enviou representante. E Eurico Miranda (Vasco) e Márcio Braga (Flamengo) não foram convidados.

Trio de ferro
Flamengo, Corinthians e São Paulo farão, a seis mãos, um documento que abrirá guerra contra a CBF e o COB. Os clubes pedirão ao presidente Lula para editar MP que reverte metade da verba da Lei Piva, ou 1% do dinheiro das loterias, às entidades formadoras. Quer também 50% de tudo o que a CBF arrecadar com a seleção brasileira.

No território inimigo
O pacto foi uma demonstração de força de Márcio Braga. No dia da posse de Teixeira, o presidente flamenguista e José Luiz Portella arregimentaram apoio do São Paulo e, principalmente, do Corinthians, aliado da CBF no ano passado.

Malas prontas
Marcelo Portugal Gouvêa considera reversível o quadro do demissionário diretor de marketing do São Paulo, Dorival Decousseau. Diz que ele não foi atropelado nas negociações e que continua no cargo pelo menos até a assinatura com a Siemens. Mas o pai de Caio já decidiu: está mesmo fora.

Casamento
O Santos receberá algo entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão por ano para estampar a marca Helios Carbex, de material de escritório, nas mangas de sua camisa até o fim de 2004.

O rival de verdade
Apesar de os brasileiros terem sido os adversários mais temidos pelos chilenos, os torcedores locais hostilizam mesmo a Bolívia. Consideram o país vizinho um inimigo por querer um pedaço do território chileno com saída para o mar.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do meia Diego, que levou dois cartões amarelos do juiz Claudio Martín no Pré-Olímpico:
- Não fui bobo nos lances. Ele foi bobo. E é argentino.

CONTRA-ATAQUE

No tatame, não no tapetão

O clube Pinheiros questiona na Justiça Desportiva a classificação do gaúcho João Derly para a final da seletiva olímpica de judô na categoria meio-leve, contra Henrique Guimarães.
Argumenta que o ranqueamento de Derly é irregular, uma vez que computou a pontuação que o judoca obtivera em outra classe de peso -o ligeiro.
E pede que o STJD ateste que os líderes do ranking são Leandro Cunha e Reynaldo Santos, ambos atletas do clube, que lutariam entre si para participar da decisão da vaga olímpica.
Porém os judocas que seriam beneficiados querem solucionar o caso de outro jeito.
- O justo é resolver a questão no tatame, numa disputa entre eu, Reynaldo e João, diz Cunha.
- Só uma seletiva entre os envolvidos vai apurar quem é o melhor, opina Santos.


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