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Se Milan forçar, Kaká diz que aceita ir para o City
Atleta reluta em ir para Inglaterra, mas não descarta mudança caso sofra pressão
Concretização do negócio
chegou a ser divulgada, mas
foi desmentida; torcedores
italianos protestam contra
a eventual saída de ídolo
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Kaká, 26, reluta em aceitar o
Manchester City, mas, se o Milan não o quiser mais, ele aceitará a oferta de cerca de R$ 338
milhões, a maior da história feito por um clube a um jogador.
Esse é o pensamento do atleta, segundo pessoas próximas
ao astro brasileiro ouvidas pela
Folha. Se o clube italiano, com
o qual tem contrato até 2012,
forçar a transferência, Kaká está propenso a sair, mas desde
que tenha a garantia de retornar um dia ao clube italiano para continuar sua carreira, até
talvez como dirigente.
O jogador sempre elogia o fato de o clube valorizar seus ídolos depois que se aposentam.
Cita o caso do brasileiro Leonardo, que hoje é cartola da
equipe italiana. Também gosta
de falar sobre a história do liberiano George Weah, que embarcou numa aventura política
em seu país, entrou em dificuldades financeiras, mas recebe
salários do Milan até hoje.
Ontem, o técnico do Milan,
Carlo Ancelotti, que hoje encara a Fiorentina pelo Italiano
com Kaká em campo, declarou
que a proposta dos ingleses é
tentadora e que a diretoria tem
que considerá-la. Foi a primeira vez que alguém do clube se
manifestou sobre a negociação.
"Hoje o futebol tem grandes
investidores, e obviamente o
clube precisa considerar isso.
Essa oferta é enorme, muito
maior que as outras que nós já
recebemos pelo Kaká", disse.
"Mesmo sem o Kaká, continuaremos com um time muito
competitivo. Mas ele age com
serenidade", acrescentou ele.
Ontem, o site www.arabian
business.com, de Abu Dhabi,
onde vivem os donos do Manchester City, chegou a anunciar
que o negócio estava fechado.
Depois, voltou atrás e informou que Kaká exige 20% a
mais do salário que lhe foi oferecido (cerca de R$ 44,5 milhões por temporada).
A diretoria do City também
desmentiu o desfecho do negócio. Nos próximos dias, o pai e
procurador de Kaká, Bosco
Leite, deve se reunir com cartolas do time. Até ontem, porém, não havia nada agendado.
A possível saída do brasileiro
provocou protestos de torcedores do Milan ontem. Cerca de
70 pessoas foram à sede do clube para pedir ao atleta que fique. "O Milan não pode vendê-lo, e temos certeza de que ele
não quer sair", declarou o torcedor Giancarlo Capelli.
Com agências internacionais
NA TV - Fiorentina x Milan
ESPN, ao vivo, às 17h30
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