São Paulo, domingo, 17 de fevereiro de 2008

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Adhemar e Pessoa devem estar em cena

DA REPORTAGEM LOCAL

Em meio às histórias que Bud Greenspan conhece sobre as Olimpíadas, uma provoca tristeza no documentarista por ainda não ter sido contada. Neste ano, ele planeja tirar do papel um filme sobre Adhemar Ferreira da Silva, ex-recordista mundial e bicampeão olímpico no salto triplo, em 1952 e 1956.
"Ficamos muito tristes por não tê-lo entrevistado antes de morrer", diz Greenspan. "Acreditamos que o esporte possa ajudar crianças, inspirar crianças pobres a superarem suas dificuldades. Por isso, é impensável que tão pouca gente fora do Brasil saiba quem ele é."
Adhemar morreu em 2001, aos 73 anos. Exemplo no esporte, batalhou também fora dos estádios. Formou-se em artes, educação física, direito e relações públicas. Falava seis idiomas (inglês, francês, alemão, italiano, espanhol e português) e foi adido cultural na Nigéria de 1964 a 1967, após abandonar a carreira. As duas estrelas douradas acima do escudo do São Paulo são homenagem a ele.
"É uma prova da tradição esportiva do seu país, que tem grandes atletas, como Joaquim Cruz, os do vôlei de praia e de quadra, que são incríveis, entre vários outros. Admiramos o esporte brasileiro", afirma Nancy Beffa, assistente de Greenspan.
Um competidor nacional que deve ganhar atenção especial das lentes do documentarista na China é o cavaleiro Rodrigo Pessoa. "Amamos a história dele. É uma história de perseverança. Talvez na China seja o seu momento", diz Nancy.
Pessoa, ainda sem vaga certa em Pequim, é o atual campeão olímpico, mas só ganhou o ouro em Atenas após doping no cavalo que triunfara.0 (ML)


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