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São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2003

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FUTEBOL

Lateral, único titular corintiano que não havia marcado em 2003, fez o gol de empate do Corinthians com Vasco

Kléber marca e evita festa de Marcelinho

Paulo Wrencher/Jornal dos Sports
O goleiro Doni, do Corinthians, salta para defender o segundo pênalti batido por Marcelinho na partida de ontem em São Januário


DA REPORTAGEM LOCAL

Marcelinho marcou, mas não foi de falta. O Corinthians fez dois, mas nenhum de cabeça. Sem que as jogadas mais temidas pelos dois times fossem decisivas, corintianos e vascaínos empataram ontem em 2 a 2, no Rio.
Quem decidiu no reencontro de Marcelinho com seu ex-time foi o lateral-esquerdo Kléber. Ele salvou o Corinthians de sua segunda derrota no Brasileiro-2003 ao marcar o gol de empate da equipe.
Foi o seu primeiro na temporada. Ele era o único titular que não havia balançado a rede pelo Corinthians neste ano.
Já Marcelinho brilhou e falhou. Comandou o time no primeiro tempo, dando o passe para um gol e marcando um de pênalti.
Porém o desafeto da diretoria corintiana, que recusou a sua volta no início do ano, perdeu outro pênalti, ainda na primeira etapa.
O atleta, que desde a sua saída do Corinthians está envolvido numa batalha jurídica com o clube, foi o vascaíno mais acionado no primeiro tempo (29 vezes) e o maior finalizador (quatro chutes).
Logo na primeira jogada que tentou, Marcelinho deu uma passe e deixou Léo Lima livre, na cara do gol corintiano. Ele tocou na saída de Doni e abriu o placar.
Além de Marcelinho, os corintianos tinham demonstrado preocupação com os avanços do lateral-direito Russo. Mas, ao mesmo tempo, pensavam em explorar o espaço que ele deixaria na defesa para contra-atacar.
Não deu certo. Russo começou a incomodar o adversário aos 14min, quando foi derrubado pelo zagueiro Anderson na área.
Um minuto depois, Marcelinho cobrou à direita de Doni e marcou o seu primeiro gol contra o ex-time. Na primeira partida, ainda pelo Santos, o meia-atacante passou em branco e perdeu o jogo.
Como prometera na véspera, Marcelinho comemorou muito. Primeiro, com seu gesto característico, balançando os braços. Depois como se estivesse desenhando um coração no ar para a torcida do Vasco. O desenho imaginário chegou a ser feito nos tempos de Corinthians, clube que o atleta definia como sua segunda pele.
Minutos depois, Marcelinho sofreria um revés na partida. Ele perdeu o segundo pênalti a favor do seu time, aos 30min.
Outra vez, a infração foi cometida por Anderson em Russo, que ficou sentado no gramado, rindo. Só no primeiro tempo, além dos dois pênaltis, o zagueiro corintiano fez duas faltas. Marcelinho cobrou de novo no canto direito de Doni, que defendeu.
A comemoração do corintiano foi aos berros com o juiz Leonardo Gaciba. "Fiz isso porque ele falou algumas coisas para mim, lembrando o nosso jogo contra o Figueirense, que não deveria ter falado", justificou Doni.
Ele afirmou que não revelaria o que ouviu do árbitro para evitar receber uma punição.
Por causa do pênalti e de outras defesas que fez, Doni recebeu elogios de seu ex-treinador Carlos Alberto Parreira, hoje na seleção brasileira. Ele acompanhou a partida das tribunas do Maracanã, ao lado de Zagallo, seu coordenador.
Ao final do primeiro tempo, Parreira elegeu Doni o melhor corintiano em campo.
Antes de a etapa inicial terminar, o Corinthians chegou ao seu primeiro gol na partida.
Depois de cobrança de falta, Fábio Luciano tentou fazer o seu quinto gol na temporada de cabeça, mas foi derrubado na área. Rogério cobrou, no meio do gol, e marcou, aos 45min.
Antes do chute de Rogério, o Corinthians só havia feito uma finalização, com o volante Fabrício.
As jogadas aéreas, principal preocupação do Vasco, praticamente não tinham sido usadas pelo time paulista antes do lance que originou o pênalti.
No segundo tempo, o Corinthians também não precisou usar a cabeça para empatar.
Mas usou outro lance tradicional da equipe paulista: o ataque pela esquerda. Aos 18min, Gil tocou para Kléber, que chutou, empatou o jogo e, pela primeira vez na temporada, teve o prazer de comemorar um gol feito por ele.
Antes da partida, o lateral havia dito não se incomodar com o jejum. "Minha função não é fazer gols, fico feliz em servir os companheiros", afirmou o corintiano.


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